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quinta-feira, 18 de abril de 2013

A DURAÇÃO DOS PERÍODOS ESCOLARES E UMA "ATENÇÃOZINHA" AOS PROFESSORES

A divulgação com antecedência do calendário escolar, incluindo a datas inerentes ao calendário de exames, parece um ganho de informação e planeamento.
A propósito do que agora foi conhecido algumas notas.
A primeira remete para um problema recorrente, a colagem do calendário escolar aos feriados móveis que leva a que, mais uma vez, se verifique uma assimetria importante entre a duração do segundo período e a do terceiro período pela data em que se comemora a Páscoa. Dadas as características do trabalho realizado em cada um, sendo que no terceiro é significativamente contaminado pela preparação para os exames, seria desejável que a duração fosse mais equilibrada. Esta situação é ainda mais importante considerando a decisão do MEC de criar um “Novas Oportunidades” para os alunos que chumbem nos primeiros exames do 4º e do 6º o que obriga a que esses exames se realizem mais cedo, com consequências óbvias no tipo de trabalho feito nas aulas, a obsessiva preparação para os exames.
Por outro lado, a esmagadora maioria dos pais não tem férias neste período do ano pelo que para as famílias não teria grande impacto a existência das férias fora dos dias de Páscoa.
Também não consigo perceber a vantagem de introduzir três semanas de férias na altura do Natal, parecendo-me, pelo contrário, que um tempo longo de paragem no final do primeiro período possa ser contraproducente. Eventualmente, o MEC, para compensar os “destratos” que tem dado aos professores, lhes queira proporcionar uma “atençãozinha” embora, em regra os obrigue a continuar nas escolas em tarefas de avaliação ou de natureza burocrática. Mas não acredito nisto, deve existir alguma outra razão que não vislumbro.
Finalmente, desejo que o esfoço de planeamento do ano lectivo se estenda à colocação e gestão dos professores para minimizar o caos e a deriva a que se assistiu este ano.

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