AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

AS ASNEIRAS DA COMISSÁRIA E O PAGAMENTO PELOS DO COSTUME

A ver se percebo. A ex-Directora Regional de Educação do Norte, a Comissária Margarida Moreira desencadeou em 2007 um processo disciplinar a um professor em serviço na DREN porque ele terá produzido “um insulto no interior do serviço em horário de trabalho” tendo como alvo o Eng. José Sócrates.
Na sequência do processo e rapidamente, a diligente funcionária, como todos os caninos seguidores do chefe (este é um comentário um bocadinho insultuoso, o meu cão não fazia tudo o que lhe dizia) pediu e conseguiu o afastamento do funcionário.
Este protestou, o Ministério da Educação viria a arquivar o processo, mas entretanto já tinha sido afastado. O processo entrou nos tribunais, os recursos, como é habitual, sucederam-se e agora o Tribunal Central Administrativo do Norte condena o Estado ao pagamento de uma indemnização ao professor afastado pela Comissária Margarida Moreira.
Acho que percebi quase tudo. Apenas tenho alguma dificuldade em entender porque é que a Comissária Margarida Moreira, na sua diligente função de "His Master's Voice", procede a um saneamento político indevido e lesivo do funcionário e é o Estado, nós, que paga. Trata-se de uma delinquência individual de natureza política, ética e criminalmente responsabilizada pelos Tribunais pelo que, creio, deveria ser a Comissária Margarida Moreira a pagar, porquê nós?
O quê? ... Sim, é verdade, esqueci-me, somos sempre nós que pagamos.

2 comentários:

  1. Efectivamente, porquê pagarmos nós todos quando no caso houve um claríssimo abuso de poder da parte daquelas ditas personagens? Não se trata de incorrecta interpretação das leis, mas de consciente e deliberado aproveitamento do poder para conseguir um resultado ilegal. Acho que a questão podia merecer um tratamento diferente e iniciar uma nova era de responsabilização dos titulares de órgãos políticos e quejandos pelas acções que se afastem do estrito cumprimento das leis. Mudando de agulha: reparo que resiste, como eu, ao famigerado AO e dou-lhe os parabéns. Não por uma questão de resistência a inovações, mas porque, para além de não fazer sentido, não entrou em vigor e, ao contrário do que nos querem fazer crer, não é vinculativo. Aliás, pelo andar da carruagem, o objectivo que se destinava a cumprir já se perdeu e provavelmente só Portugal, mais precisamente aqueles que seguem a voz do dono, vai ter o AO em prática.

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  2. Como costumo afirmar, enquanto puder escrevo desacordadamente

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