Quando o MEC fez notar que estava
em vigor a determinação de que os exames nacionais do 12º deveriam incidir
sobre os conteúdos dos três anos do ciclo de estudos, independentemente, da
questão da existência e papel dos exames, afirmei que tal determinação me
parecia lógica ainda que desajustada na oportunidade.
As reacções de professores, pais
e alunos a esta decisão terão levado o Ministro a rever a posição no sentido da
sua introdução progressiva.
Considero absolutamente natural
que ao tomar decisões que não se revelam as mais adequadas, exista a
inteligência, a responsabilidade e a sensibilidade para mudar de posição,
corrigindo decisões ou procedimentos. Sublinho que isto deve ser encarado com
normalidade e não como fruto da crítica ou combate embora, quase sempre, a crítica
e o combate se tornem necessários para promover mudança.
O que já tenho mais dificuldade
em compreender é a deriva e ligeireza com que um ministério liderado por um homem
que faz do rigor, da qualidade e da excelência, o farol da sua actuação, se
envolve em sucessivas trapalhadas, avanços e recuos, confusão de processos e orientações
de que esta questão é apenas mais um exemplo e nem sequer o mais grave.
Não, definitivamente este tempo
na educação não tem nada a ver com tranquilidade e normalidade. A não ser que,
dramaticamente, tudo o que temos vindo a assistir seja a normalidade.
Mais um exemplo de que este Governo não é surdo, nem cego...
ResponderEliminarMas parece instável e com dificuldades de aprendizagem
ResponderEliminarNesse caso, já dizia Luís Joyce-Moniz, choques eléctricos na criancinha que não aprende.
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