As férias aproximaram-se
rapidamente do fim, creio mesmo que a uma velocidade superior a 24 horas por
dia. É agora tempo de começar a pensar na escola, de novo, para a maioria, pela
primeira vez, para alguns.
Entretanto, já se iniciou o
abastecimento das "toneladas" de material escolar que pelo seu custo
fazem encarar a ideia constitucional de escolaridade gratuita com um sorriso
amarelo e caro no rosto.
Hoje queria deixar umas notas
breves a pensar nos miúdos que vão começar o primeiro ano do resto da sua vida
escolar que, esperamos e desejamos, ser tão longa e bem sucedida quanto
quiserem e conseguirem.
Os treinos de preparação foram
cumpridos. A qualidade da experiência educativa que já tiveram, em creche e no jardim
de infância, a qualidade e a disponibilidade da educação familiar, determinam de
forma muito forte a posição que cada miúdo vai ocupar na grelha de partida.
Como é evidente, uns estarão bem equipados e preparados e outros não. Alguns
outros ainda, terão algumas especificidades no seu equipamento que requererão atenção
e cuidados especiais por parte de quem os irá receber. Há ainda que considerar
que e a equipa pela qual vão correr também tem a sua importância, as equipas
melhor colocadas nos rankings, melhor equipadas com técnicos e recursos também
favorecem os corredores que agora iniciam as provas.
Acontece que os tempos não me
parecem muito favoráveis aos miúdos que têm piores lugares na grelha de partida,
os tempos estão para os mais rápidos e excelentes cujo andamento é
"atrapalhado" pelos lentos porque conduzem mal ou porque o seu motor
não ajuda.
Logo que a prova começar vai perceber-se
a diferença de andamento e surgirão as primeiras dificuldades. As equipas de
apoio nas escolas e nas famílias, professores e pais, vão, na sua esmagadora
maioria, tentar tudo para que não avariem e desistam mas, como disse, o tempo
não vai para fracos e lentos, o tempo vai para excelentes. A pressão é para a
competitividade e produtividade.
Iremos conversando sobre isto mas,
na verdade, é melhor ir preparando os miúdos, a competição vai começar e será a
doer.
Boa sorte.
Nunca acreditei tão pouco no futuro deste país. Como mãe portuguesa, só tenho a temer pelo futuro da minha filha.
ResponderEliminarApenas um desabafo|
Temos que ser optimistas. Pelos miúdos
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