Confirma-se o confirmado. Depois de muitas horas
de hesitação, dois meses de reflexão, certamente naquele estilo,
"agarrem-me para eu não dizer já que sim", Moita Flores aceitou o
convite da estrutura concelhia do PSD de Oeiras para se candidatar à autarquia
nas próximas eleições.
Não é possível ler sem um sobressalto de alguma
indignação as notícias relativas a este, e outros casos da mesma natureza. O
conhecido entertainer, comentador de casos de polícia e de tudo e mais alguma coisa, Moita Flores, já tinha
há algum tempo revelado a sua disponibilidade, ou seja, ofereceu-se, para
continuar a prestar “serviço público” candidatando-se à autarquia de Oeiras uma
vez que outra figura proeminente e altamente recomendável, o Dr. Isaltino, se
desligou do PSD e chegará chegou ao fim do prazo de validade em termos de
mandatos.
O Dr. Moita Flores, colocou-se em bicos de pés e
afirmou a disponibilidade generosa para se sacrificar mais uns anos em nome do
espírito de missão que obviamente o caracteriza. Ele só precisa de um
lugarzinho numa autarquia maior pois Santarém já é coisa pouca para tanta
genialidade, generosidade e vontade de servir, sendo que, com o nível de endividamento
atingido, também já não haverá possibilidade de realizar obra que encha o olho.
As estruturas concelhias partidárias, atraídas
pela mediática figura e pela competência autárquica da figura capazes de voltar
a conquistar a autarquia, endereçaram um convite que deixou o Dr. Moita Flores altamente
sensibilizado e ao qual, conforme a imprensa da altura, não pôde responder de
imediato, (pulando de entusiasmo a dizer que sim), porque seria indelicado
aceitar antes de receber o convite, que ainda não tinha chegado, provavelmente,
como diria Luís Filipe Menezes, por problemas nos CTT. E é assim desta forma
despudorada que se tece a trama da política à portuguesa.
Depois de uns aninhos em Santarém, o Dr. Flores,
pelos vistos um profundo conhecedor da realidade de Oeiras, assina de cruz o
seu contrato de transferência para prosseguir a missão de serviço público a que
se propôs. Devido à limitação de mandatos, esta manhosice vai certamente animar
o mercado da dança das cadeiras nas próximas eleições autárquicas envolvendo as
diversas cores que vão a jogo.
Terra de troca-tintas, como diria a minha avó
Leonor.
O senhor Moita Flores deixa Santarém com uma dívida autárquica de cerca de 27,5 milhões de € num universo de 100 milhões € ou seja, a 4º maior dívida das autarquias.
ResponderEliminarTalvez seja por isso que tem como prémio o concelho de Oeiras.
"O que mais me preocupa não é o grito (manigância política) dos violentos, corruptos, dos desonestos ou dos sem ética.
O que mais me preocupa é o silêncio dos bons."
Martin Luther King
saudações