Portugueses, Portuguesas,
Sempre vos falei verdade, sem
subterfúgios e de forma clara. Assim continuarei a fazer, pois é desta forma
que entendo ser o meu dever e a forma
ajustada de exercer funções governativas.
Sei bem as dificuldades que todos
atravessámos nestes últimos tempos. Foram muitas e foram pesadas.
Sempre vos disse, contra muitas
opiniões, que não tínhamos dois caminhos e mesmo este era estreito e difícil.
Há algum tempo disse-vos, muitos
não compreenderam, que tínhamos de tomar decisões duras e que eram precisos
sacrifícios, para todos, custasse o que custasse. Fizemos o que outros nunca
fizeram. Já vos agradeci a paciência que demonstraram e a forma tranquila e
lúcida como suportaram as medidas difíceis que tivemos de tomar.
Alguns entendem que foram ditadas
por alguns dos nossos parceiros europeus. Devo dizer-vos claramente que não. As
medidas que tomámos foram as que nós, com responsabilidade e sentido de estado,
entendemos necessárias para recuperar as
contas de Portugal e construir um futuro sustentado e sustentável para os
nossos filhos.
E conseguimos. Quando muitos
oráculos e profetas da desgraça duvidavam do sucesso, nós persistimos, estávamos
certos das nossas convicções e fomos bem sucedidos. O esforço, a seriedade, a
coerência da visão foram recompensados. Nem sempre as medidas e os discursos
foram compreendidos, mas sabíamos, nós estávamos confiantes, era este o
caminho.
Portugueses, Portuguesas,
Quero anunciar-vos que
conseguimos equilibrar as nossas contas e apresentar um saldo positivo na nossa
balança comercial.
Quero anunciar-vos que atingimos
estatisticamente a situação de pleno emprego.
Quero anunciar-vos que o
crescimento previsto do PIB até final do ano será de 4,5%, prevendo-se 6% para
o próximo ano.
Quero anunciar-vos também que
estão reunidas as condições para proceder a uma imediata revalorização da massa
salarial, bem com a uma actualização significativa das reformas e pensões, envolvendo,
sobretudo, as de mais baixo valor.
Portugueses, Portuguesas,
Quero anunciar-vos também ...
Pedro, Pedro, acorda, Pedro, o
telemóvel já está a tocar há muito tempo, andas tão cansado que nem acordas.
Há sonhos contingentes...
ResponderEliminarMas o sonho do Pedro é literalmente quimérico. 869 anos de história prova-nos que as prioridades em tempos de desafogo orçamental de Estado não são exactamente as que o sonho preconiza.
saudações