AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

segunda-feira, 12 de março de 2012

ABANDONO ESCOLAR IGUAL A EXCLUSÃO SOCIAL

No Público de hoje referem-se as enormes dificuldades sentidas nas escolas para manterem em funcionamento os grupos de alunos envolvidos no Programa para a Inclusão e Cidadania (PIEC) uma pareceria entre o Ministério da Educação, o Instituto de Segurança Social e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Este programa visa combater o abando no escolar sobre o qual se justifica algumas notas
Considerando dados da União Europeia relativamente ao abando no escolar, sendo certo que em Portugal diminuiu a taxa de abandono, temos que em 2009 a média da UE a 27 era de 14.4 % e em Portugal 31.2 %. Segundo o INE, em 2010 o abandono continuou a cair mas é ainda de 28,7 %, ou seja, o dobro da média em europeia. Tal indicador vem mostrar o que sempre afirmo, não somos um país de “doutores”, ideia falsa vendida até à exaustão por uma opinião publicada ignorante e apoiada em alguma comunicação social mais negligente.
Como muito frequentemente afirmo, o abandono escolar é frequentemente a primeira etapa da exclusão social. Nesta perspectiva, o combate ao abandono deve, tem de, ser um eixo central na política educativa. A eficácia nesta tentativa de baixar os níveis de abandono passa necessariamente pela diversificação dos percursos de educação e formação, o que habitualmente se designa por oferta educativa.
Deve sublinhar-se que têm sido realizados progressos bastante significativos na diversificação desta oferta embora, muitas vezes, as alternativas disponibilizadas sejam percebidas pelos alunos e pelas famílias como “formação de segunda”. Algumas escolas têm práticas que alimentam esta percepção, na medida em que canalizam preferencialmente os “maus alunos” para formação “alternativa”.
Na verdade, o que é absolutamente central é que os jovens ao sair do sistema se encontrem equipados com qualificação profissional, quer ao nível do ensino secundário, quer ao nível do ensino superior, que com o trabalho no âmbito do ensino politécnico tem condições para processos de qualificação mais curtos e mais diversificados.
Neste contexto, parece essencial que sejam acauteladas as iniciativas que combatam o abandono desde que, evidentemente, a sua avaliação revele a qualidade necessária e não mais um fonte de desperdício ou um programa inócuo para cumprir estatísticas.

2 comentários:

  1. No PIEF trabalha-se assim.
    P.f. consulte
    http://teixoso.wordpress.com/

    cumprimentos

    ResponderEliminar
  2. Caro Rui, agradeço o seu contacto e o link para o Trabalho que realizam. Por isso disse no meu texto que é grave desinvestir nas iniciativas que combatem o abandono escolar. O Ministro Crato é bom em contas deveria saber que é mais barato cuidar agora do que remediar depois.

    ResponderEliminar