Três notas retiradas da imprensa de hoje dão-nos um excelente retrato da nossa forma de funcionamento.
Sem a preocupação de ordenar, pode ler-se no Público que o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, repito, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, afirma em entrevista que Isaltino Morais já deveria estar preso para cumprir a pena a que foi condenado e cuja sentença já transitou em julgado. Como não será de estranhar, o Dr. Isaltino não está preso e, muito provavelmente, não faz tenção de vir a estar.
Também no Público se informa que os gestores do antigo Hospital de Cascais, encerrado há dois anos, repito, encerrado há dois anos, continuam a receber os seus miseráveis vencimentos pois estão há dois anos a proceder à liquidação do património, sendo ainda que alguns técnicos estiveram e estão também nestas condições extraordinárias..
Uma terceira nota ainda para referir a primeira página do JN dedicada à existência de muitos alunos do ensino superior que conseguem aceder às bolsas de estudo com valor mais elevado, apesar de pertencerem a famílias com rendimentos anuais de centenas de milhares de euros.
Como é evidente, sem demagogia ou populismo, não existem sociedades perfeitas e imunes a situações desta natureza, a natureza e a obra humana, exactamente pela sua condição de humanas, são susceptíveis de fraqueza e imperfeição, tanto quanto são capazes de nos surpreender pela excelência.
O que me parece inquietante é que qualquer de nós, bate com os olhos numa destas noticias, engole um pensamento ou um comentário rápido e passa sem um sobressalto à próxima notícia, sobre a crise, por exemplo.
Não existe, politicamente falando, esquerda, centro esquerda, centro,centro direita ou direita. Existe sim capitalismo explorador e usurário ou seja, mau capitalismo.
ResponderEliminarO que nos informa o Público e JN é característico de sociedades que enfermam do capitalismo acima referido. Protege-se os criminosos de colarinho engomado e branco, mete-se dinheiro de todos nós no bolso de quem não necessita em detrimento dos mais pobres e carenciados.
Há notícias que me escapam na Imprensa e chegam até mim através do seu blog.
Um muito obrigado!
Sp estou para ver o que vai ser feito depois desta exposição!!
ResponderEliminarVamos continuar a pagar para este tipo de coisas.. só pode :(
Vamos continuar a pagar, claro está. E - pior -sem reclamar.
ResponderEliminarA minha questão continua, será fatalidade, destino ou pode mudar?
ResponderEliminarCaro Professor José.
ResponderEliminarpor vezes, mais valia não ter sobressaltos.Começo a ficar num estado, de tal forma, depressivo que ando há semanas a não conseguir dormir mais de duas horas por noite.Por vezes, nem isso.
Não consigo ficar indiferente ao que se passa.Continuo a fazer contas: tentar continuar o doc e a filhota fazer o mestrado.Claro, que o mestrado da filhota está em primeiro lugar.
Mas fico triste!Não pedi nada, não pedi bolsas.Apenas gostaria de continuar a estudar, ainda , que não vá ter qualquer influência na carreira. Não é isso que me move!Apenas, estava a contar com os subsídios para os "distribuir" pelas propinas.Deixei de poder contar com os ditos.Vou tentar resistir.Talvez consiga...
Abraço.
P.S.- Foi um desabafo.Por vezes estamos ,mesmo, a precisar.
Compreendo o que diz e sente Maria mas, não digo nada de novo nem de impotante, tente não desistir. Por si, pela filhota e pela vida a que temos direito
ResponderEliminarAcho que pode mudar,embora seja difícil. Temos um povo pouco culto e sem consciência , por consequência, a viver num estado de letargia constante. Já encontrei pessoas que pensei minimanete informadas e que, mesmo durante uma campanha eleitoral, não sabiam a que partido pertenciam alguns dos candidatos, Sem as pessoas percebrem que as suas vidas dependem não só,mas também, do seu envolvimento na política e nos movimentos sociais, é difícil reagirem. Mas difícil não é impossível. Espero eu.
ResponderEliminarVejo este blog também como um Forum de ideias e opiniões.
ResponderEliminarAPLAUDO O MESMO!!!
Por isso tomo a liberdade de responder ao anónimo anterior.
Perante a falta de cultura (para não dizer honestidade) de espírito de missão que os nossos contemporâneos políticos são detentores apenas nos resta o voto em branco, para pôr em causa a actual democracia que está alicerçada na partidocracia e partirmos para uma outra mais participativa que despoje o poder quase absoluto dos partidos.
Negócios públicos têm que ser feitos como única finalidade defender os interesses do povo e não fazer fortuna própria.
Todos somos números, quer sejamos pobres, sobrevivamos ou passemos fome.
Os detentores de fortunas, muitas suspeitas outras fruto da exploração dos fragilizados, não constam em estatísticas claras e definidas.
Escondem as suas ABASTANÇAS e DESPERDÍCIOS.
Por isso, caro leitor deste blog:
Próximas eleições VOTO em BRANCO!
saudações