No Público pode ler-se que a JSD sustenta que professores diferentes assegurem áreas curriculares diferentes no 1º ciclo. Assim, haveria um professor para Língua Portuguesa, outro para Matemática e outro para Estudo do Meio. Ter-se-ão esquecido das Áreas das Expressões Artísticas e Expressão Físico-motora bem como dos professores que intervêm noutras áreas como, por exemplo, as actividades de enriquecimento curricular . Umas das justificações é facilitar a habituação dos alunos ao contacto com vários professores que irão encontrar no 2º ciclo.
Esta lógica é curiosa. Um dos problema ou constrangimentos do 2º ciclo e do 3º ciclos é justamente o número excessivo de disciplinas e de professores. Os jovens social-democratas entre propor a correcção do que se passa nos ciclos seguintes, optam, incompreensivelmente por alargar o erro ao 1º ciclo em que as idades dos miúdos levarão a consequências, do meu ponto de vista, mais negativas.
Há dias, numa roda de gente interessada nas coisas da educação conversava-se sobre uma das características que, do meu ponto de vista, mais carece de modificação no nosso sistema educativo, os conteúdos e a organização curricular, sobretudo no ensino básico.
Comentava-se, entre outros aspectos, a insustentável e injustificada existência de 14 disciplinas no 3º ciclo, a pressão criada no 1º ciclo nos últimos anos no sentido de os professores construírem horários com tempos fixos destinados às diferentes "disciplinas" decorrentes das áreas curriculares definidas. Meio a brincar, meio a sério até se afirmava que estará para aparecer a orientação do ME no sentido de na educação pré-escolar se proceder a esta disciplinarização criando tempos lectivos para as diferentes áreas de trabalho no jardim de infância. Como será óbvio, essas orientações traduzir-se-iam em seguida no aparecimento dos incontornáveis manuais e materiais de apoio, mais conhecidos por "livros de fichas". A proposta da JSD aponta neste sentido.
A conversa estava animada em torno deste paradigma de urgente alteração, a excessiva "departamentalização" dos saberes especialmente nos anos iniciais, quando alguém contou que a filha, a frequentar o 1º ano e ainda a aprender a escola, coisa que é bem precisa antes de começar a aprender as coisas da escola, ao olhar para a mochila lhe perguntou, "mãe, a matemática é aquilo dos números ou das letras?"
Os miúdos fazem perguntas mesmo disparatadas, é claro que a matemática é coisa de números e não tem nada a ver com aquela coisa das letras que é um outro mundo, outra disciplina e até, diz a JSD, com outro professor.
Peço desculpa por ser boçal, principalmente quando gosto tanto do seu blog para aprender e conversar mas: tem mesmo que dar tempo de antena ao que "jotas" se lembram de dizer?
ResponderEliminarJá se sabe que uma "jota", sem excepção, é um antro de "tachistas" que mais não fazem do que com disparates lembrarem esporadicamente o partido que ainda ali estão, prontos a preencher as trincheiras quando necessário.
Ainda esta semana ouvi um divertido elemento da JS defender o desenvolvimento económico acima da sustentabilidade económica, que é como quem diz, se for preciso cortar mais para fazer mais umas passadeiras de alcatrão, quiçá um TVG, é para o bem do desenvolvimento. Estou convencido que há uma cota de disparates que um "jota" tem que preencher (diária?)semanalmente.
Caro anónimo, as jotas são uma espécie de aviário mas quando aparecem com ideias(?!) é melhor estar atento e discutir. Se bem se lembra, Passos Coelho e António José Seguro são produtos das jotas dos respectivos partidos.
ResponderEliminarRealmente...tem razão, nunca tinha pensado nessa perspectiva, mas os disparates que dizem agora para preencher cota vão ser os mesmos que põem em prática no futuro. É melhor preparar o futuro e o desastre de antemão sim.
ResponderEliminarÀ cautela. Um dia destes, sem darmos por isso, o rapaz que agora "manda umas bocas" como prova de vida, aparece como primeiro-ministro e dono da partidocracia
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