A RECESSÃO NO MERCADO DOS VEADOS

Estive quase a resistir mas não consegui. A notícia da venda dos veados por parte da Câmara da Nazaré já era algo de interessante, mas o facto de nenhuma oferta de compra ter aparecido é notável.

No pleno uso das suas competências, anda uma autarquia laboriosamente a criar veados para que a sua venda possa contribuir para as depauperadas finanças e, afinal de contas, as contas ficam a zero, ninguém se interessa por veados.

Tal situação é absolutamente incompreensível. A criação de veados pelas autarquias tem sido um sucesso nos últimos tempos pelo que se torna ainda mais difícil entender a inexistência de interessados nos veados criados na Nazaré.

Que mistério ou particularidades terão os veados da Nazaré que os não tornam apetecíveis aos compradores?

Será que esta ausência de interesse já será uma consequência dramática da crise e da retracção do consumo?

Estamos numa situação complicada. Quando se fala da redução de verbas para as autarquias e nem a criação de veados parece já constituir-se como fonte de rendimento, os tempos adivinham-se conturbados.

Bom, de qualquer forma, esta é uma notícia típica do país feliz, aquela terra onde acontecem coisas.