Para começar a semana, mais uma que se anuncia pesada, vêm aí mais medidas de austeridade, Passos Coelho dixit, e os alertas sobre o calor e o risco de incêndios também não ajudam, julgo oportuno algo de mais leve.
O ministro da Economia e etc. disse publicamente que preferia ser tratado por Álvaro que por ministro, na linha do que se passa em matéria de tratamento pessoal em muitas paragens fora do Portugal dos Pequeninos.
Logo o Professor, um conhecido entertainer político que opina sobre tudo e lê livros na brasa, veio a terreiro abespinhado. Não pode ser, diz, um dia destes acontecerá o motorista perguntar, "Álvaro, vamos para o ministério ou paramos para um café?". Realmente, onde já se viu tamanho desconchavo.
O Professor tem razão, temos de respeitar os títulos. Num país onde alguns treinadores de futebol, por exemplo, com formação universitária na área do desporto são tratados por Professor como o famoso Professor Neca ou o Professor Manuel Machado, ou que temos o Professor Karamba, chamar Álvaro ao ministro é ofensivo.
E depois se vingasse a pretensão do ministro como ficaria aquela multidão de Drs. ou Engs. que exigem tal tratamento, conheço alguns que até nas relações mais pessoais o solicitam, exigem.
O Professor tem mesmo, como não podia deixar de ser, a razão do seu lado. Não se consegue imaginar alguém a dirigir-se-lhe e a perguntar qualquer coisa como "Marcelo, como acha que vai evoluir a situação?". Acho que nem se perceberia de quem se estava a falar. Mas era do Professor, é claro.
O Professor do Portugal dos Pequeninos.
Portugal dos Pequeninos, de facto... E esse Marcelo opina demais... Gostei do título de entertainer político.
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