A ver se eu consigo sintetizar e alguém me ajuda a perceber.
O Ministério da Educação era proprietário de um conjunto de edifícios na Avenida 24 de Julho. Certo.
O Ministério da Educação vendeu os edifícios a uma empresa pública, a Estamo. Estranho.
A empresa Estamo vendeu os edifícios à Parque Escolar, uma empresa pública tutelada pelo Ministério da Educação. Mais estranho ainda.
O Ministério da Educação paga uma renda mensal à Parque Escolar pelos edifícios da Avenida 24 de Julho que continua a ocupar. Agora já não é estranho, é uma trapalhada manhosa que a minha ignorância já não consegue acompanhar.
No entanto, dá para perceber como o universo das empresas públicas ou com capitais públicos são alavancas para esquemas duvidosos de gestão económica e financeira de bens resultantes dos nossos impostos.
O que é grave é que de uma forma geral e recorrente as entidades envolvidas nem se dêem ao trabalho de uma qualquer explicação que, no mínimo, devem a quem sustenta tal estado de coisas.
Ainda mais grave é que as trapalhadas do Portugal dos Pequeninos não são conjunturais, são estruturais.
Mudarão alguma vez?
Ah isso é um lindo subterfúgio financeiro.
ResponderEliminarDaquelas "maroscas" (é tão tradicional que acredito que deveria de ser leccionada uma disciplina "Introdução à Marosca Linguística" ou algo semelhante aos pequeninos) que se aproveitam de tecnicismos, nomenclaturas e demais tretas afins.
Isto é para enganar as contas que o Estado apresenta. Essencialmente o mesmo tipo de despesa coberta que levou a Grécia à falência nacional.
O Estado tem um edifício, tem que o manter, tem que o pagar, é contabilizado como despesa como é lógico.
O Estado então arrenda, vende, etc, esse mesmo edifício, a uma "empresa", do Estado, que paga renda ou a mesma despesa anterior, ao mesmo Estado...assim, a "despesa", que é a mesma, é contabilizada magicamente como "lucro".
Falta de vergonha e integridade.