AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 28 de abril de 2011

VOU TER QUE TE PÔR NA RUA - Outro diálogo improvável

Eu tinha-te avisado Ricardo, outra intervenção dessas e terias que sair da sala de aula.
E então Setora?
Vou ter mesmo que te pôr na rua. Sai se faz favor.
Setôra diga-me só uma coisa também se faz favor.
Sim, mas rápido tenho a aula para dar.
A Setôra põe-me na rua para me castigar. É verdade?
Claro Ricardo, não páras de ser insolente, tenho mesmo que te castigar mandando-te para a rua.
Mas a Setôra sabe que eu não gosto de estar na escola, não sabe?
Sim, há algum tempo que percebi que não gostas da escola e acho que fazes mal. A escola é importante para o teu futuro.
Pois é Setôra, mas ainda estamos no presente. A Setôra também sabe que eu não percebo quase nada desta disciplina, a Matemática, não sabe?
Vês como és insolente. E na verdade tenho que dizer, embora lamente, que o teu aproveitamento é muito fraco.
Então a Setôra sabe que eu não percebo nada do que aqui se fala, não gosto da escola, manda-me para a rua e acha que é um castigo para mim?
Mas …
Não Setôra, acho mesmo que é um prémio, é mesmo isso que eu quero, sair daqui. Se a Setôra me quer castigar não me ponha na rua, tenho que estar aqui até ao fim.
Mas não pode ser, estás sempre a perturbar o funcionamento da aula, como achas que podemos então resolver isto?
Só se a Setôra me der Novas Oportunidades, é o que dão a toda a gente.

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