AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

domingo, 20 de março de 2011

O CRIME DAS FRALDAS

Uma rápida visita à imprensa on-line permite, como não podia deixar de ser, constatar o que de grave e dramático o mundo tem para mostrar.
Devo dizer que fiquei preso num referência do DN a um caso de dois jovens de 26 e 29 anos que depois de jantar sem pagar num restaurante em Arcos de Valdevez, assaltaram uma farmácia na mesma localidade. A intercepção pelas forças policiais permitiu perceber que o roubo foi de nove caixas de fraldas a acrescentar à conta do restaurante em valor não especificado.
É curioso perceber a escala do crime cometido e o que pode significar jantar sem pagar e roubar fraldas. Não sei, naturalmente, as circunstâncias de vida das pessoas envolvidas, mas imagino que cometer um crime por questões desta natureza pode mostrar um lado muito perigoso da crise, o desespero da necessidade inadiável.
De facto, a situação que vivemos contém um potencial de ameaça social que me parece negligenciado ou subavaliado.
Quando se assiste a cortes nos apoios sociais acrescidos a situações de desemprego, muitas vezes também sem subsídio pode instalar-se algo de explosivo e de inesperado.
Os tempos vão difíceis e é preciso estar atento.

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