AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sábado, 4 de dezembro de 2010

O ACESSÓRIO E O ESSENCIAL

Uma das consequências óbvias da redução do número de escolas, da criação de mega-agrupamentos e da alteração do modelo de gestão das escolas é a facilitação do controlo político do sistema alicerçado nas Direcções Regionais de Educação. Como me parece claro, diminuindo o número de lugares torna-se bastante mais fácil esse controlo político a que toda a gente da partidocracia aspira.
Neste cenário, que é um dado adquirido, as alterações já verificadas não parecem reversíveis, diminuir o número de adjuntos da direcção das escolas é uma medida no mesmo sentido., agilizar o mando.
No entanto, para além desta questão central de natureza política, controlar o sistema, do ponto de vista do modelo de organização e funcionamento das escolas vale a pena atentar na quantidade infindável de estruturas de poder intermédio existentes nas escolas. Existe um número muito significativo de estruturas de coordenação de variadíssima natureza, com um conjunto de competências cujo enunciado enche páginas de legislação e que se traduzem em custos processuais, burocracia e tempo dedicado pelos professores a actividade não lectivas ou de planificação que, do meu ponto de vista, constituem um constrangimento sério à qualidade e eficácia do funcionamento das escolas.
O número de adjuntos é uma questão acessória, a simplificação e a desburocratização dos modelos de organização e funcionamento das escolas e agrupamentos é uma questão central.

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