A saúde é hoje matéria de primeira página em vários jornais disputando o espaço com a africana prestação da selecção de futebol. As referências à saúde são fundamentalmente centradas nos tempos de espera para consulta mas o CM titula que "Hospitais cortam na comida dos doentes" o que não deixa de ser inquietante.
Esta atenção dedicada às questões da saúde decorre da divulgação do relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde onde se pode constatar a incapacidade de cumprimento generalizado dos tempos de espera para consultas e cirurgias previstos na lei.
Mesmo nos casos de urgência, portanto, considerados prioritários, com trinta dias de espera máxima, existem especialidades em que o tempo de espera ultrapassa o dobro. Esta situação verifica-se também no que respeita a actos cirúrgicos em várias especialidades.
Numa altura em que se discutem reduções de custos no funcionamento da administração pública, que todos consideramos necessários, face ao enorme nível de despesismo e desperdício conhecido, em que também se começam a conhecer os resultados pouco positivos das parcerias público-privadas em matéria de saúde, é fundamental que não nos deixemos entrar num deriva que fragilize ainda mais o imprescindível Serviço Nacional de Saúde sem o qual a nossa saúde passará bem pior.
É também fundamental que o controlo de despesas e de investimento seja objecto de critérios racionais e não exclusivamente administrativos e económicos.
Como o povo costuma dizer, com a saúde não se brinca e na saúde não se poupa.
PERfeitamente de acordo, ZÉ MORGADO!
ResponderEliminarQualquer dia, não temos direito a NADA, senão a pagar impostos...
Quem te põs neste estado, PAÍS dos meus GRANDES antepassados? Bem sei a resposta, bem sei...
BEIJO DE
LUSIBERO