AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 8 de junho de 2010

A INJUSTIÇADA CLASSE

Estava a pensar referir-me a recentes exemplos da excelência e do nível de parte substantiva dos discursos políticos em Portugal a propósito do fait-divers sobre o local de férias dos portugueses e as declarações do PR e do Ministro da Economia ou das respostas mal educadas e arrogantes de José Lello, cuja fidelidade à voz do dono ultrapassa a do meu Faísca, mas alguns inquietos que por aqui vão passando têm-me feito notar que as minhas falas não parecem evidenciar especial consideração pela classe dos dirigentes políticos, é que utilizo muito frequentemente um registo negativo. Creio que não sou só eu, os estudos no âmbito da sociologia mostram que para o cidadão comum a confiança na classe política anda pela ruas da amargura. Estaremos certamente errados, até porque o mais eclético e isento dos opinadores profissionais, o iluminado tudólogo Pacheco Pereira, considera demagógico e populista o ataque aos políticos. Apesar de tudo e aceitando o risco de que, imponderado, desajeitado, populista ou demagógico, possa estar a ser injusto, proponho-vos, em jeito de expiação, um texto interactivo que completarão com as referências que entenderem por bem.
Assim, enquanto cidadão, quero expressar formalmente o meu reconhecimento a todos aqueles que:
. Depois de carreiras profissionais de sucesso e reconhecidas pela comunidade, entendem colocar essa experiência ao serviço do bem comum, como por exemplo, …
. Não ascenderam a lugares políticos tendo uma carreira exclusivamente dentro do aparelho dos partidos, começando logo nas jotas como, por exemplo, …
. Não utilizaram o desempenho de cargos políticos para acederem a colocações profissionais, às quais nunca teriam acesso se não tivessem um passado político como, por exemplo, …
. Fazem do desempenho político uma prova de seriedade sem demagogias ou falsas promessas como, por exemplo, …
. Reconhecem tão facilmente um erro seu, como a virtude de outra opinião ou ideia como, por exemplo, …
. Recusam utilizar o peso político para benefício pessoal, ou dos que lhe estão próximos, sem a utilização de critérios transparentes assentes no mérito como, por exemplo, …
. Entendem que na história fica a obra e não o autor como, por exemplo, …
. Nunca se esquecem que os eleitores são pessoas e não votos como, por exemplo, …
. Resistem à pressão dos sindicatos de interesses que conflituam com o bem comum como, por exemplo, …
Se quiserem ter a gentileza de partilhar as vossas escolhas, poderia ser interessante.

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