Privilégio meu, eu sei. Estando ainda no meu Alentejo fomos passear para o outro Alentejo, que também é meu. Como sabem, nós fazemos nosso aquilo de que gostamos. Por isso falamos da nossa terra quando nela não temos nem um metro quadrado, mas é nossa porque dela gostamos. Pois fui para as margens do Guadiana, a esquerda e a direita. Estão bonitas, muito bonitas, as margens, tal como o Guadiana que corre cheio. No Pulo do Lobo acho que nem o lobo se atreveria.
Este ano, farto de água, ou na linguagem comedida do Velho Marrafa, escapatório, as margens estão bem cobertas. Também gosto de ver no Verão a terra despida, sobretudo na margem esquerda, mas nesta Primavera vestiram-se de lindeza, as duas. E também se perfumaram.
As estevas já estão com as flores brancas, em variadíssimas combinações com o lírio roxo e os malmequeres brancos e amarelos pintam e perfumam a terra. Como se fosse pouco, de quando em vez, ainda vem um cheiro a rosmaninho. É assim o Alentejo, o nosso Alentejo.
Já me esquecia. Lá para as bandas entre Serpa e as Minas de S. Domingos, numa queijaria tradicional que não posso referir, comprámos uns queijos que, já provei, são excelentes, como as estevas, o lírio roxo e os malmequeres.
Passem pelas margens do Guadiana agora na Primavera e depois digam qualquer coisa.
Foi, precisamente, nesse bocadinho de Alentejo que o professor visitou, que eu tive a sorte de iniciar a maneira carreira profissional há algumas décadas. Sempre fui muito acarinhada por todos: alunos, pais, comunidade. Creio que conheço a queijaria que o professor visitou; bons queijos, feitos por gente boa, para quem o trabalho também é uma arte.
ResponderEliminarQuanto ao Pulo do Lobo, posso dizer-lhe que não fica longe de minha casa, na margem esquerda. Descer aquela encosta é bastante relaxante, uma bênção da mãe natureza.
Sou uma privilegiada!!!
Uma grande bem-haja para o casal Morgado!
Mariana
Ressalvo: "minha carreira profissional" e "Um grande bem-haja"
ResponderEliminarMariana