Pois é, de vez em quando lá me lembro de Karl Valentin e da sua peça, “E não se pode exterminá-los” e por várias razões.
Agora decorre da proposta do PSD de expulsão do sistema educativo de alunos em idade de escolaridade obrigatória. Como parece evidente pela reacção de especialistas a proposta será inconstitucional mas a questão, do meu ponto de vista, está para além da eventual inconstitucionalidade, tem a ver com os efeitos e sentido da proposta.
Não está em causa a necessidade de que o quadro legal e os procedimentos a adoptar em termos de punição sejam eficazes e oportunos. No entanto, como sempre refiro, do meu ponto de vista, a questão central é a natureza da oferta educativa para os alunos e os dispositivos de apoio a que alunos, pais e professores poderão ter acesso em caso de dificuldade.
No que respeita à oferta educativa, a aposta que tem vindo a ser feita de há alguns anos para cá deve acentuar-se. É fundamental que todos os alunos possam seguir formas de qualificação, de duração mais longa ou mais curta, mas sempre conducente a formação profissional. Qualquer aluno que não aceda a qualquer tipo de formação profissional é um potencial excluído.
Por outro lado, como ontem referia, a complexidade dos problemas actuais exige também respostas mais complexas, ou seja, é fundamental que se desenhem dispositivos de apoio a alunos, a professores e a pais que minimizem riscos e contribuam para ultrapassar problemas. Estes dispositivos de apoio, de natureza e com recursos variados, não têm todos que estar sediados nas escolas mas sim ao alcance expedito das escolas.
É também necessário, repito-o vezes sem conta, que os discursos de políticos, professores e seus representantes, pais e opinion makers, entendam que a imagem social dos professores deve ser positiva e protegida. Só assim, os alunos, percebem, os seus professores como uma classe respeitada e isso contamina a sua atitude para com eles.
Finalmente e voltando ao início, podemos sempre achar que expulsá-los resolverá alguns problemas embora seja necessário pensar para onde se enviam já que em casa e desocupados certamente causarão problemas. Assim, e já que não se pode exterminá-los, talvez uns campos de concentração e detenção nas zonas desertas do país, possam ser uma solução. A constituição é que atrapalha.
Irreverentemente...
ResponderEliminarMeu caro... Qual inconstitucional... qual quê? Rua com eles. Os nossos filhos têm direito a escolas e aulas tranquilas. Há muitos montes onde colocar esses marginais a rapar ervas daninhas nos jardins, estradas para limpar, praias cheias de latas que eles mesmos lançam ao mar, ruas cheias de dejectos que os portuguesinhos deixam com os seus caniches...
etc, etc,. Trabalhos à comunidade (Como condena o Juíz de Menores, em Espanha!). Talvez comecem a valorizar o espaço escolar. Expulsam-se os cidadãos da rua e mandam-se para a cadeia e não se podem expulsar das aulas? O direito à Educação tem de chocar com o Direito à Integridade Física e Psicológica dos colegas e Professores dos mal educados.. Cadeia com eles... o mesmo é dizer, casas de correcção...! Ou será que a Constituição em breve será desculpa para não meter os criminosos na cadeia? Limpemos a sociedade da sujidade. Basta de Anormais a prejudicarem os alunos normais... ! Os meus filhos e os dos demais cidadãos que sabem comportar-se também têm direito à educação. Ou será que impedir as PIPOCAS e os sistemáticos ataques de tosse FORÇADA nos cinemas também são inconstitucionais?
Não Calarei A Minha Voz... Até Que O Teclado Se Rompa !
ResponderEliminarIrreverentemente, insisto, por enquanto não se pode mesmo exterminá-los. Mas se insistir e persistir pode ser que se consiga. Nesse dia o mundo será lindo e um paraíso. Só faltará saber quem decide quem se mata e quem se prende.
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