AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A INDIGÊNCIA QUE NÃO É INSÓLITA, É HABITUAL

Antes de ouvir alguma declaração mais substantiva do Dr. Fernando Nobre não pensava retomar esta matéria, mas não resisto. O Dr. Alfredo Barroso, homem com um currículo de uma solidez inquestionável, foi até Chefe da Casa Civil do Dr. Mário Soares, aqui o apelido Barroso é coincidência, porque a função foi atribuída por mérito, veio a terreiro afirmar que falta currículo ao Dr. Fernando Nobre para se candidatar a Presidente da República. Entende, assim, que a sua candidatura é “insólita”. O Dr. Barroso tece ainda uma série de considerações indigentes e típicas dos boys sem espinha, as vozes dos donos, que povoam a nossa cena política.
Quando há dias comentei a candidatura do Dr. Fernando Nobre, sublinhei o meu receio pela reacção dos aparelhos partidocratas que, certamente, tentariam trucidá-lo pelo enorme e “insólito” atrevimento de se intrometer e desafiar a tribo. Começam os cães a ladrar. O Dr. Barroso, não foi o primeiro e não será certamente o último.
Creio que o Dr. Fernando Nobre, tendo no seu paupérrimo currículo enfrentado cenários devastados e devastadores, poderá estar consciente e preparado para o que o espera.
O cenário no qual ele se propõe mover é também devastador. Terá a matilha açulada às suas canelas. Reparem que ainda não se conhecem as suas ideias e ao que se propõe, embora se conheçam as competências constitucionais do presidente e, à cautela e mesmo antes de o ouvirem, já lhe estão a bater. É a vida. Veremos o que dizem, se dizem, se entendem sequer, o pensamento do candidato “insólito”.

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