AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O EMPREGO, SEMPRE O EMPREGO

A taxa de execução do Programa Iniciativa para a Inovação e o Emprego 2009 parece rondar os 70%, iniciando-se hoje a discussão do Programa para 2010.
No âmbito do Programa estavam previstas medidas excepcionais de apoio a trabalhadores e empresas que teriam um universo de destinatários de cerca de 311 000 pessoas. Desse universo e segundo dados oficiais apenas 48 000 foram abrangidas, correspondente a 13.7%.
Tal resultado espelha uma realidade inquietante. Para além da dificuldade de conter a montante o efeito mais gravoso da crise, o desemprego, tarefa de óbvia dificuldade face à dimensão e complexidade, ainda revelamos um preocupante grau de eficácia no combate aos efeitos, ou seja, adjudicamos meios e esforços e os resultados são insuficientes.
No último ano registaram-se cerca de 108 000 novos desempregados, 26.1% acima de 2008. Ao que parece, nos últimos meses do ano ainda que o desemprego continue a aumentar terá aumentado menos. De uma forma geral, os discursos e as análises nesta matéria vão afirmando que apenas para 2011 se poderá esperar alguma recuperação ao nível do emprego.
Neste quadro negríssimo emerge a voz lúcida e competente do delinquente ético Valter Lemos que, desempregado na educação, entrou no programa de apoio ao emprego e face ao mérito revelado foi colocado na Secretaria de Estado do Emprego. O Dr. Lemos afirma então que, "Parece-me claro que estamos numa trajectória que manifestamente é de saída dos números negros que tivemos durante 2009. A curva está claramente a inverter-se". Naturalmente que só o Dr. Lemos é que vê este cenário o que não se estranha, já na educação o Dr. Lemos tinha alucinações e confundia a realidade com os seus desejos.
É também por isto, a qualidade da lideranças, que os programas falham.

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