AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A HISTÓRIA DO BEM-VINDO

Era uma vez um homem chamado Bem-vindo. O Bem-vindo nasceu numa família que muito desejava uma criança pelo que foi muito bem recebido ao entrar na vida. Foi um gaiato muito bem acolhido e ainda teve a sorte de crescer perto de um avô. O Bem-vindo frequentou um Jardim-de-infância daqueles em que as crianças estão num Jardim com Jardineiras e Jardineiros competentes que acolhem a miudagem com um aconchego que a faz sentir-se bem.
O tempo de escola do Bem-vindo correu serenamente, sem muitos momentos de excelência mas também com poucos problemas, apenas os que são de esperar em tais circunstâncias e idades. Contrariamente ao que acontece a muitos miúdos que se sentem mal na pele que têm e dão notícia desse mal-estar, às vezes de forma bem ruidosa, o Bem-vindo nunca sentiu mais do que as inquietações próprias de quem cresce, ou seja, sentiu-se sempre Bem-vindo. Assim, durante os anos que frequentou a escola foi chegando Bem-vindo aos saberes e aos valores que quando entrou no mundo do trabalho o fizeram sentir tal e qual era, Bem-vindo.
Entretanto, conheceu alguém que lhe pareceu a pessoa com quem queria partilhar a sua estrada. Ao fim de algum tempo de companhia e quando lhe propôs viajarem juntos ouviu, para seu contentamento e sustento, “Bem-vindo”.
Algum tempo depois, Bem-vindo e a sua companheira começaram a achar que a vida seria mais bonita se tivessem à sua beira alguém pequeno de quem cuidar e ajudar a crescer.
Começou aqui, de novo, a história do Bem-vindo, um homem com sorte.

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