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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E AS POLÍTICAS EDUCATIVAS

De acordo com um estudo da responsabilidade da OCDE, os professores portugueses são de entre os países da União Europeia os que mais necessidades de formação revelam, identificando o ensino especial e as novas tecnologias como áreas mais carenciadas. Tal conclusão confirma o que o conhecimento das escolas portuguesas permite enunciar. De acordo com incompetente e inadequado quadro legislativo em vigor desde 2008, os alunos referidos como apresentando necessidades educativas especiais apenas são apoiados por professores de ensino especial se forem considerados elegíveis para esse apoio através da aplicação da Classificação Internacional de Funcionalidade. Além disso o ME fixou uma quota, a obsessão por quotas da antiga equipa do ME é notável, de 2,2% como limite de crianças a apoiar pelo ensino especial. Todas as que não couberem nestas quotas, a esmagadora maioria, deverão, diz a lei, serem apoiadas pelos outros professores, designadamente os do ensino regular. Sabendo que a prevalência de necessidades educativas especiais pode considerar-se, de acordo com a literatura, não inferior a 10% e que a heterogeneidade da população escolar é a característica mais presente nas actuais salas de aula, entende-se bem as necessidades de formação nesta área expressas pelos professores portugueses.
No que respeita às novas tecnologias as necessidades sentidas pelos professores evidenciam a fragilidade, quer na formação inicial quer no desenvolvimento dos programas nesta área, por exemplo, a distribuição em massa de computadores ás crianças, o que é positivo, não acompanhada de programas de formação aos docentes.
Vamos a ver como reage o ME a este estudo da OCDE.

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