Ao que os dados sugerem, vamos manter-nos em crescimento demográfico negativo em 2009. O futuro do país não parece assim muito risonho, encaminhando-se para o estabelecimento de uma reserva onde os portugueses restantes serão objecto de programas de protecção e recuperação enquanto espécie ameaçada.
Parece ser consensual que este comportamento das famílias, o abaixamento significativo ou mesmo a inexistência de filhos, estará associado a questões económicas, a situação de crise é naturalmente desfavorável, mas, sobretudo, à alteração dos estilos de vida e do quadro de valores.
Se as questões económicas podem ser de natureza conjuntural e minimizadas com apoios, (correctos e significativos), já me parece que as questões de valores e estilos de vida são de impacto mais significativo e de mais difícil alteração.
É conhecido, por exemplo, que as mulheres portuguesas são das que mais horas trabalham fora de casa. É conhecido que os modelos actuais de organização dos horários complicam fortemente a vida familiar. É conhecida a falta de respostas de qualidade e acessíveis à generalidade das pessoas para a guarda das crianças nos tempos laborais das famílias. O prolongamento sem fim da estadia dos miúdos na escola não é uma solução com qualidade, apesar de excelentes experiências pontuais e do empenho das pessoas envolvidas. É conhecido e afirmado por sociólogos e antropólogos que as gerações actuais parecem “amadurecer” mais tarde, o que implica alterações nos projectos de vida, que podem traduzir-se em parentalidade tardia ou a não inclusão da parentalidade nesses projectos de vida.
Dada a complexidade das questões envolvidas e a importância de que se reveste o crescimento demográfico negativo, julgo que se deveria abrir um alargado debate sobre estas questões para que não fossem consideradas como uma curiosidade pouco relevante como creio que serão para a maioria dos cidadãos.
Parece ser consensual que este comportamento das famílias, o abaixamento significativo ou mesmo a inexistência de filhos, estará associado a questões económicas, a situação de crise é naturalmente desfavorável, mas, sobretudo, à alteração dos estilos de vida e do quadro de valores.
Se as questões económicas podem ser de natureza conjuntural e minimizadas com apoios, (correctos e significativos), já me parece que as questões de valores e estilos de vida são de impacto mais significativo e de mais difícil alteração.
É conhecido, por exemplo, que as mulheres portuguesas são das que mais horas trabalham fora de casa. É conhecido que os modelos actuais de organização dos horários complicam fortemente a vida familiar. É conhecida a falta de respostas de qualidade e acessíveis à generalidade das pessoas para a guarda das crianças nos tempos laborais das famílias. O prolongamento sem fim da estadia dos miúdos na escola não é uma solução com qualidade, apesar de excelentes experiências pontuais e do empenho das pessoas envolvidas. É conhecido e afirmado por sociólogos e antropólogos que as gerações actuais parecem “amadurecer” mais tarde, o que implica alterações nos projectos de vida, que podem traduzir-se em parentalidade tardia ou a não inclusão da parentalidade nesses projectos de vida.
Dada a complexidade das questões envolvidas e a importância de que se reveste o crescimento demográfico negativo, julgo que se deveria abrir um alargado debate sobre estas questões para que não fossem consideradas como uma curiosidade pouco relevante como creio que serão para a maioria dos cidadãos.
Acho este blogue muito sensato (no bom sentido da palavra). Parabéns.
ResponderEliminarObrigado pela apreciação. Apareça sempre.
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