AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A CONSCIÊNCIA

Um diálogo, algures.
Já reparou na quantidade de gente que está sem emprego, meio milhão, é um número muito alto.
É verdade, não tinha consciência disso.
Parece que nas escolas se verifica que muitos miúdos passam dificuldades em casa, miúdos que até comem mal e pouco.
Não tinha consciência de que houvesse problemas desses neste tempo no nosso país.
Até há muitas pessoas que estão sem emprego e não têm subsídio de desemprego.
Mas o subsídio de desemprego não é para todos os desempregados? Não tinha consciência disso.
E este problema com a justiça, o tempo que tudo demora. E em muitos casos não acontece nada, só aos mais pequenos, os grandes safam-se quase sempre.
Está então a dizer que a justiça não funciona e não trata toda a gente da mesma forma. Não tinha consciência disso.
É, há muitos problemas, veja lá o das pessoas idosas que têm pensões muito baixas e que, às vezes, têm de optar entre comprar o que comer ou comprar os medicamentos de que precisam.
Se assim é, é grave. Não tinha consciência disso.
Além disso, ainda há milhares sem médico de família, fica difícil arranjar consultas, é preciso ir de madrugada e nem sempre se consegue.
Não tinha mesmo consciência disso.
Coisa esquisita, o senhor não vive cá? Não tem consciência?
Não, eu vivo cá e tenho consciência, mas sabe, tenho-a sempre em casa, dentro de uma gaveta. É que utilizar a consciência torna-me muito infeliz e sempre preocupado.

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