O Público apresenta hoje um trabalho sobre o mundo prisional. Sabendo que é um mundo complexo, de análise permanentemente em aberto, interessa-me particularmente um dos aspectos abordados, os filhos de reclusos e as relações que mantêm com os pais enclausurados. Nesta matéria, as experiências mais conhecidas envolvem as crianças mais pequenas e as mães e que, por exemplo, o Estabelecimento Prisional de Tires há muito acolhe.
O Estabelecimento Prisional Regional de Braga tem em desenvolvimento um projecto VIP (Visit in Prison) em que numa sala expressamente equipada para o efeito os reclusos recebem os filhos pequenos regularmente, com vigilância externa intermitente, e onde por algum tempo desempenham um papel que lhes está vedado, o de pais.
Esta experiência, inovadora entre nós mas já promovida noutros países, parece-me muito interessante quer do ponto de vista dos reclusos pais, quer, naturalmente, nos miúdos.
Creio que iniciativas deste tipo fomentando a manutenção ou reconstrução de redes e laços familiares e das responsabilidades parentais, podem ser um contributo importante no processo de reabilitação e no minimizar dos riscos de reincidência como, aliás, alguns relatos sugerem.
As prisões, apesar da óbvia dimensão punitiva que contêm, não podem, não devem, perder níveis básicos de humanidade de que a parentalidade é um dos mais significativos elementos.
O Estabelecimento Prisional Regional de Braga tem em desenvolvimento um projecto VIP (Visit in Prison) em que numa sala expressamente equipada para o efeito os reclusos recebem os filhos pequenos regularmente, com vigilância externa intermitente, e onde por algum tempo desempenham um papel que lhes está vedado, o de pais.
Esta experiência, inovadora entre nós mas já promovida noutros países, parece-me muito interessante quer do ponto de vista dos reclusos pais, quer, naturalmente, nos miúdos.
Creio que iniciativas deste tipo fomentando a manutenção ou reconstrução de redes e laços familiares e das responsabilidades parentais, podem ser um contributo importante no processo de reabilitação e no minimizar dos riscos de reincidência como, aliás, alguns relatos sugerem.
As prisões, apesar da óbvia dimensão punitiva que contêm, não podem, não devem, perder níveis básicos de humanidade de que a parentalidade é um dos mais significativos elementos.
Creio que esta é uma medida louvável. Parece-me que todos os projectos que visem estreitar os laços familiares são sempre dignos do nosso respeito.
ResponderEliminarA reabilitação poderá começar por aqui.