Manda a agenda das consciências que hoje nos lembremos do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil.
A situação nesta matéria deixou, felizmente, de apresentar os números impressionantes de há alguns anos atrás, de acordo com a Autoridade para as Condições do Trabalho, apenas foram detectados este ano quatro casos. É certo que algumas situações passarão despercebidas e muitas outras existirão numa zona de fronteira, de difícil a avaliação, sobretudo na área do que poderemos chamar de “ajuda familiar”. No entanto, tem emergido uma situação que pode levantar sérias dúvidas, o chamado trabalho artístico, a participação de crianças em espectáculos e publicidade. Para além das questões legais e, naturalmente, das implicações económicas, coloca-se uma questão de valores.
De facto, numa sociedade fortemente mediatizada a participação das crianças em espectáculos com audiências e impacto social significativo, pode ser demasiado atractivo para muitas famílias. Ver o rebento como actor ou figurante da novela da noite ou presente numa campanha publicitária de larga divulgação, pode ser uma tentação que, eventualmente até de forma inconsciente, negligencie a qualidade de vida e o bem-estar dos miúdos.
Finalmente e numa nota lateral sobre trabalho infantil, o actual quadro legislativo permite que uma criança de 10 anos, a frequentar o 5º ano, possa estar na escola 11 HORAS POR DIA, cinco dias na semana. Com este quadro, estranhamente, ainda se levantam vozes a afirmar que os miúdos trabalham pouco. A última foi a da Presidente do Conselho Nacional de Educação, Ana Maria Bettencourt.
A situação nesta matéria deixou, felizmente, de apresentar os números impressionantes de há alguns anos atrás, de acordo com a Autoridade para as Condições do Trabalho, apenas foram detectados este ano quatro casos. É certo que algumas situações passarão despercebidas e muitas outras existirão numa zona de fronteira, de difícil a avaliação, sobretudo na área do que poderemos chamar de “ajuda familiar”. No entanto, tem emergido uma situação que pode levantar sérias dúvidas, o chamado trabalho artístico, a participação de crianças em espectáculos e publicidade. Para além das questões legais e, naturalmente, das implicações económicas, coloca-se uma questão de valores.
De facto, numa sociedade fortemente mediatizada a participação das crianças em espectáculos com audiências e impacto social significativo, pode ser demasiado atractivo para muitas famílias. Ver o rebento como actor ou figurante da novela da noite ou presente numa campanha publicitária de larga divulgação, pode ser uma tentação que, eventualmente até de forma inconsciente, negligencie a qualidade de vida e o bem-estar dos miúdos.
Finalmente e numa nota lateral sobre trabalho infantil, o actual quadro legislativo permite que uma criança de 10 anos, a frequentar o 5º ano, possa estar na escola 11 HORAS POR DIA, cinco dias na semana. Com este quadro, estranhamente, ainda se levantam vozes a afirmar que os miúdos trabalham pouco. A última foi a da Presidente do Conselho Nacional de Educação, Ana Maria Bettencourt.
E para quê ,Zé Morgado?Só se for para muitos pais se esquecerem ,cada vez mais, de que as crianças precisam do seu amor, das sãs brincadeiras da sua idade e do acompanhamento humano das famílias. Não prevejo uma boa saúde mental e espiritual para estas crianças.
ResponderEliminarOlá Maria Ribeiro,
ResponderEliminarMuitas vezes o professor Morgado têm aqui deixado reflexões acerca do que é essencial e do que é acessório, nas quais me revejo com uma clareza quase homónima. No que toca aos putos,e não esquecendo que esta relação é sempre assimétrica, deveríamos reflectir, reflectir e reflectir, para depois solucionar, solucionar e tentar uma vez mais solucionar! Epá, não se admite que os putos estejam 11 horas diárias, à laia de emprego precário, na escola!
Eu tmb tenho putos, não estão tanto tempo na escola porque felizmente possuo alguns recursos, mas a grande maioria não os tem e se calhar quando os tem, ou não os optimiza (passe a palavra chique), ou nem sequer pensou nisso.
Embora lá fazer um esforço, fazer alguma actividade neuronal e hierarquizar as necessidades. Não é fácil, mas temos de começar por algum lado.
Abraço franco.
Ana
Nb:tenho especial apreço pelos posts que têm na sua essência a experiência tão nobre do ser professor. Bem hajam.