Sou dos que entendem como positiva a realização de provas de âmbito nacional que possam aferir o nível de competências dos alunos e, simultaneamente, fornecer um indicador de eficácia do sistema, tanto mais justificado quanto mais autonomia as escolas possuam. Lamentavelmente, esse objectivo começou a ficar comprometido de há algum tempo para cá. Por um lado, insisto numa ideia que já tenho referido, temos vindo a assistir à lenta transformação da educação num terreno altamente contaminado pela mais exacerbada luta político-partidária, envolvendo as estruturas oficiais, estruturas representativas dos professores e estruturas representativas dos pais. Este cenário influencia políticas, análises e procedimentos. É neste contexto que se entende a discussão sobre a eventual excessiva facilidade das provas para promover estatísticas favoráveis ou o discurso de apropriação de resultados por parte do ME, entre outros aspectos. Por outro lado, descredibiliza perante alunos, pais e professores o trabalho realizado, precisamente pelos alunos, pelos professores e o apoio e envolvimento que muitos pais tentam providenciar. Instala-se a ideia de que não serve para nada, não mede coisa nenhuma e desvaloriza-se, assim, o esforço e trabalho de alunos e professores.
Ficaremos à espera de outras medidas da qualidade e eficácia do sistema, designadamente o trabalho realizado no âmbito de projectos como o PISA. Será que não é mesmo possível pensar que a qualidade da educação, o futuro dos miúdos e o nosso, exigiriam uma outra atitude, efectivamente preocupada com a qualidade e menos centrada nos sempre presentes interesses partidários de ocasião?
Ficaremos à espera de outras medidas da qualidade e eficácia do sistema, designadamente o trabalho realizado no âmbito de projectos como o PISA. Será que não é mesmo possível pensar que a qualidade da educação, o futuro dos miúdos e o nosso, exigiriam uma outra atitude, efectivamente preocupada com a qualidade e menos centrada nos sempre presentes interesses partidários de ocasião?
A Educação em Portugal está pelas ruas da amargura. A ministra Maria de Lurdes Rodrigues, apostada em melhorar as estatísticas, "oferece" os exames aos alunos. E por outro lado, quer mostrar exigência no sistema, confrontando os professores.
ResponderEliminarA última notícia hilariante é esta: A prova de Língua Portuguesa do 9º ano "foi básica"
Tal como eu já tinha dito aqui: É necessário voltar a colocar os patamares de exigência. É necessário voltar a dar condições aos professores. É necessário remodelar e actualizar escolas. É necessário passar á sociedade uma nova cultura de mérito. É necessário também combater o insucesso escolar com várias medidas. É necessário mudar o sistema de ensino facilitista, não só no secundário mas desde o 1º ciclo…
Mais 3 pontos para a ministra na Superliga "incompetente-mor".