Um dia destes, mesmo à beira das aulas acabarem, o Professor Velho, aquele que está na biblioteca e fala com os livros, encontrou o João no pátio da escola assim com uma cara meio aborrecida. Estranhou, porque ele anda sempre a rir e interpelou-o no sentido de saber se alguma coisa não estava bem.
É verdade Velho, estou assim um bocado chateado, a DT disse-me que não deveria passar, agora tenho que dizer ao meu pai e, se calhar, não vai correr bem.
Percebo que estejas chateado, mas terás que pensar no que é que não correu bem.
Esse é que é o problema, estou um bocado perdido e sem saber o que vou fazer para o ano.
Porquê João?
Velho, os setôres dizem-me que estou distraído nas aulas, falo muito, às vezes não faço os trabalhos de casa, sou um bocado preguiçoso, não sou muito organizado, sou descuidado, baralho facilmente as tarefas que tenho que fazer, não me esforço o que devia e mais coisas. O meu pai diz-me que sou um “cabeça no ar”, não faço nada de jeito, passo o tempo na playstation e no computador, estudo pouco, nunca mais cresço e mais coisas. A minha mãe diz-me que deveria ser como a minha irmã, passa sempre, ser arrumado, andar só com os colegas que são bons alunos, para descansar mais para poder estudar melhor e mais coisas. A minha avó diz que eu assim não vou ser ninguém, não vou aprender nenhuma profissão, que vou ter uma vida má e mais coisas. Estás a ver Velho? Estou mesmo um bocado aflito, como é que eu vou mudar isto tudo, não achas muita coisa?
É verdade Velho, estou assim um bocado chateado, a DT disse-me que não deveria passar, agora tenho que dizer ao meu pai e, se calhar, não vai correr bem.
Percebo que estejas chateado, mas terás que pensar no que é que não correu bem.
Esse é que é o problema, estou um bocado perdido e sem saber o que vou fazer para o ano.
Porquê João?
Velho, os setôres dizem-me que estou distraído nas aulas, falo muito, às vezes não faço os trabalhos de casa, sou um bocado preguiçoso, não sou muito organizado, sou descuidado, baralho facilmente as tarefas que tenho que fazer, não me esforço o que devia e mais coisas. O meu pai diz-me que sou um “cabeça no ar”, não faço nada de jeito, passo o tempo na playstation e no computador, estudo pouco, nunca mais cresço e mais coisas. A minha mãe diz-me que deveria ser como a minha irmã, passa sempre, ser arrumado, andar só com os colegas que são bons alunos, para descansar mais para poder estudar melhor e mais coisas. A minha avó diz que eu assim não vou ser ninguém, não vou aprender nenhuma profissão, que vou ter uma vida má e mais coisas. Estás a ver Velho? Estou mesmo um bocado aflito, como é que eu vou mudar isto tudo, não achas muita coisa?
Amigo,
ResponderEliminarDesculpe voltar a invadir o seu espaço, que felizmente descobri. E do que tenho acompanhado a mais que merecedor do que tenho para partilhar. Fico-lhe grato se recolher selo e texto em:
http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/06/premio-anel-de-mobius.html
Que manifestamente este espaço merece.
Carlos Santos