AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 9 de junho de 2009

HISTÓRIA COM JUSTIÇA

O Manel entrou na biblioteca da escola com ar de quem tinha ouvido alguma coisa que não o convenceu. O Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros, foi ter com ele e estranhou a cara.
Então Manel, passa-se alguma coisa?
Velho, estivemos na aula de Formação Cívica a discutir sobre o que é a justiça e ser justo. Mas fiquei um bocado baralhado com a conversa. Escuta lá, os professores são justos?
Eu acho que os professores procuram ser justos embora, por vezes, possam ser injustos.
Também acho. Velho, os pais são justos?
Os pais são como os professores, tentam ser justos mas, às vezes, podem ser não conseguir e serão injustos.
Claro. Velho, os polícias são justos?
Manel, é como os professores e os pais. Tenho para mim que os polícias querem fazer as coisas de forma justa mas, se calhar, não conseguem sempre.
Também me parece. Velho, as pessoas que mandam, assim na política, os políticos, são justos?
Muitas vezes não são justos, mas acham sempre que sim.
É o que diz o meu pai. Velho, aquelas pessoas que estão no tribunal, os juízes, são justos?
Manel, embora a função deles seja ser justo, em algumas situações podem não ser.
Esquisito um juiz não ser justo. Velho, os miúdos são justos?
Eu podia dizer-te que sim mas não é verdade, os miúdos não são sempre justos.
Estás a ver Velho, foi o que eu disse à Setôra. Vocês que são velhos fizeram um mundo em que não se pode confiar em ninguém. Não é justo.

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