Era uma vez um Rapaz que sempre viveu à sombra. Quando era pequeno a sua vida decorria entre a sombra dos pais e, depois, a sombra da educadora. O Rapaz, filho único, envolvia-se com ninguém e ninguém se envolvia com ele. Quanto menos se envolvia nas coisas dos miúdos mais à sombra continuava. Cresceu e passou para escola dos mais crescidos, sempre andando pela sombra. Na escola, ajeitava-se num canto, só, à sombra. Os pais levavam-no e traziam-no da escola e ficava, claro, à sombra. Continuava a não ter amigos, ninguém gosta de brincar com quem não sabe brincar.
Cresceu para a outra escola, a dos grandes, uma escola cheia de sombras, árvores, muros, professores e outra gente. O Rapaz tinha sempre uma sombra para se acolher. Naquela escola andava uma rapariga que, de mansinho começou a reparar naquele Rapaz, sempre à sombra e com ninguém. Qualquer coisa naquela tristeza sombria e resignada a chamava. Um dia aproximou-se do Rapaz, olhou bem para ele e disse de forma convicta, “Anda”. O Rapaz, meio atordoado, hesitou, mas como sempre fez o que lhe disseram, foi.
A Rapariga falava de tudo e de coisas de que ele nunca falava, mas que sabia, lia muito, que se falavam e passavam. Foram a muitos lados, perderam-se, voltaram a encontrar-se e, como diz o Sérgio Godinho, a Rapariga mostrou ao Rapaz caminhos onde ele nem atalhos conhecia.
O Rapaz que tinha vivido sempre à sombra tinha acabado de descobrir o Sol.
Cresceu para a outra escola, a dos grandes, uma escola cheia de sombras, árvores, muros, professores e outra gente. O Rapaz tinha sempre uma sombra para se acolher. Naquela escola andava uma rapariga que, de mansinho começou a reparar naquele Rapaz, sempre à sombra e com ninguém. Qualquer coisa naquela tristeza sombria e resignada a chamava. Um dia aproximou-se do Rapaz, olhou bem para ele e disse de forma convicta, “Anda”. O Rapaz, meio atordoado, hesitou, mas como sempre fez o que lhe disseram, foi.
A Rapariga falava de tudo e de coisas de que ele nunca falava, mas que sabia, lia muito, que se falavam e passavam. Foram a muitos lados, perderam-se, voltaram a encontrar-se e, como diz o Sérgio Godinho, a Rapariga mostrou ao Rapaz caminhos onde ele nem atalhos conhecia.
O Rapaz que tinha vivido sempre à sombra tinha acabado de descobrir o Sol.
Uma boa história com um final feliz é o que todos precisamos.
ResponderEliminarAbraço
A.C.
O Mundo precisa tanto de Rapazes e Raparigas que deixem de viver de viver à sombra de...quando eles começarem a ser Felizes, deixarão, apenas, de olhar para...e passarão a ver o que...nessa altura, passarão a ser GENTE e o Mundo tornar-se-á, seguramente, melhor. Mas, não seremos todos nós, um pouco responsáveis, por aqueles que vivem à sombra de...?
ResponderEliminarE eu, com toda a minha insipiência, atrevo-me a dizer: "Os nossos governantes precisam tanto de Sol"...
mariana emídio
Deixe lá isso Mariana...uma boa história de amor nunca fez mal a ninguém.
ResponderEliminarAbraço
A.C.
Caro A.C.,
ResponderEliminarCompreendo o ponto de vista da cara Mariana, mas neste momento concordo consigo.Uma história com final feliz nunca fez mal a ninguém e pode ser até uma questão de Sublimação...
Abraço aos dois.
Ana
Creio que ambos têm razão: Uma Linda história de Amor, ou qualquer outra, com final feliz, faz sempre bem ao coração.
ResponderEliminarAbraço e bom-fim-de-semana, A.C. e Ana.
mariana emídio