AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

terça-feira, 12 de maio de 2009

O CAJÓ FOI AO DOLCE VITA

Hoje ao fim da tarde encontrei o Cajó a sair da oficina. Conhecem o Cajó, lembram-se? É aquele meu amigo que é mecânico, faz uns biscates e tem o maior dos orgulhos no seu Punto kitado que gosta de exibir em passeios no bairro, agora menos, que a crise obriga a poupar combustível. Pois foi mesmo pela crise que a conversa começou.
Então Cajó tudo bem?
P’ra mim não tá nada bem, não há guito e o pessoal não vai à oficina, mas não falta guito à malta p’ra passear. Olhe, ontem era domingo, gosto de dar uma volta e disse p’rá Odete para irmos àquele centro comercial novo lá na Amadora o Doce Vida ó que é. Dizem q’é o maior do mundo ou da Europa, não sei. Bem amigo Zé, aquilo estava cheio da malta, onde é que tá a crise?. Vi-me arrasca para lá chegar, andei às voltas para atinar com as entradas, sabe como é que é, acabam tudo à pressa e depois é só buracos e cenas que não estão acabadas e um gajo também não conhece bem ainda, né. Lugares para estacionar, é mentira. Deixei a bomba meio na estrada, meio no passeio, mas tive que me safar, lá dentro no parque nem consegui entrar. Bem lá dentro do centro, amigo Zé, parecia o estádio da Luz em dia de jogo com os lagartos. Gente até dizer basta, os putos começaram a desatinar, inda enfiei uma galheta no Licas que respondeu mal à Odete. Nas lojas nem se podia entrar, não é que quisesse comprar alguma coisa, mas nem se conseguia ver nada. Arranjei lá um canto, nem sei como, para uma bejeca e o lanche pós putos e basei. É pá, naquele centro não me apanham tão cedo, a crise, qual crise?. Meu rico Almada Fórum.
Vai uma mini Cajó?
Obrigadinho amigo Zé, mas tenho que ir buscar a Odete ao Fórum, aproveito e lavo a vista que aquilo anda muita bem frequentado.
É assim o meu amigo Cajó, detesta Centros Comerciais.

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