Durante algum tempo, mesmo anos, podia-se falar das comemorações do 25 de Abril de 1974, de facto, comemorava-se. Apesar do que de menos bom também se pode falar nos anos que se seguiram, havia muito que comemorar. Hoje, creio que cumprimos os rituais que assinalam mais um aniversário da “revolução”, dos cravos, assim chamada. O desfile na Av. da Liberdade, a sessão solene do Parlamento em que o Presidente da República, seja qual for, aproveita para, como agora se diz, mandar recados, umas referências e umas peças na comunicação social a factos ou figuras, José Afonso ou Otelo, esquecidas o resto do ano, uns cravos, cada vez menos, e pouco mais. Na Região da Madeira o Parlamento já nem a liturgia e até há quem aproveite a data para inaugurar a Praça Salazar. Sinais dos tempos.
Bom, mas voltando ao tempo da comemoração e a propósito da referência a Salazar, uma pequena história. Uma amiga, educadora de infância aqui no meu Alentejo, perguntava à sua miudagem se alguém tinha ideia do que era o 25 de Abril. Um dos gaiatos, cinco anos de experiência de vida, explicou, “foi quando a tropa matou o Salazar, um velho dum cabrão q’avia aí e era ruim como as cobras”.
É uma visão da história. Há tantas.
Bom, mas voltando ao tempo da comemoração e a propósito da referência a Salazar, uma pequena história. Uma amiga, educadora de infância aqui no meu Alentejo, perguntava à sua miudagem se alguém tinha ideia do que era o 25 de Abril. Um dos gaiatos, cinco anos de experiência de vida, explicou, “foi quando a tropa matou o Salazar, um velho dum cabrão q’avia aí e era ruim como as cobras”.
É uma visão da história. Há tantas.
Nada mal! Se tivermos em conta que Salazar representava a ditadura, até está bastante correcta a citação do gaiato...Já agora, o que dirá ele, quando, um dia, lhe perguntarem o que foi o governo de Sócrates? São crianças...deixai-as falar...
ResponderEliminarMariana Emídio