As dificuldades dos tempos actuais retiram-nos frequentemente, a lucidez e a disponibilidade para vermos o que de bonito ainda vai acontecendo. A história, hoje conhecida, de uma enfermeira, funcionária do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, que tentou introduzir no edifício dois telemóveis disfarçados em sandes é, eu acho, comovente ou, como diria a Senhora Ministra da Educação, tocante. Uma enfermeira é alguém que por imperativo ético e deontológico se preocupa com o bem-estar das pessoas. Assim, trabalhando com pessoas presas, afastadas do convívio com os seus semelhantes e entes amados e que, portanto, devem sentir-se muito mal, a senhora enfermeira achou por bem combater o isolamento e mal-estar dessas pessoas. Fez muito bem. Num requinte de humanidade e profissionalismo junta a ponte para o mundo, os telemóveis, com o alimento para o físico, as sandes, bonito mesmo. Não sabemos quem seriam os destinatários dos telemóveis, mas deixem-me acreditar que se trata de dois sujeitos condenados injustamente, um deles a morrer de amores pela namorada que, destroçada, aguardaria ansiosamente por cada sms recebido da prisão e o outro, o outro é o destinatário dos amores ainda não revelados da senhora enfermeira. Uma paixão proibida que faz toldar a razão e cometer erros.
Tocante, insisto.
Tocante, insisto.
Desafio o professor a fazer um novo inquérito aqui no blog para o uso de telemóvel pelos reclusos.
ResponderEliminarPor idades ou por moldura penal
Como queira.
Abraço
A.C.