Hoje estava a ouvir uma conversa entre duas pessoas que, pela natureza da mesma, pareciam gente da escola e que falavam duns miúdos “chatos”, “daqueles sempre a fazer perguntas”, sempre a atrapalhar. Lembrei-me de uma história que há algum tempo me contaram no Alentejo. Um sujeito concorreu a um lugar, foi aceite, foi ver o seu novo lugar e aprender a tarefa com quem a tinha desempenhado e estava de saída para a reforma. A tarefa era realizada à beira de uma linha de comboio e exigia que de hora a hora ele levantasse uma bandeirola. Querendo mostrar motivação o novo trabalhador perguntou, “levanto a bandeirola de hora a hora, é quando o comboio passa?”. O sujeito de saída responde, “não amigo, há muito tempo que o comboio já não passa por aqui”, “então se o comboio já passa por aqui, porque raio tenho de levantar a bandeirola?”. “Ó amigo, estive aqui 40 anos e não fiz perguntas, você está chegar e não pára de perguntar!”
Realmente, não se entende, se não fizermos perguntas somos muito mais felizes. Os miúdos não aprendem.
Porque será?
Realmente, não se entende, se não fizermos perguntas somos muito mais felizes. Os miúdos não aprendem.
Porque será?
(".. a sua [do ser humano] originalidade profunda consiste em ser um animal dotado de despropósito." Edgar Morin, O paradigma perdido - A natureza humana)
ResponderEliminarEscudando-me com despudorada cobardia atrás da opinião de Alguém mais sábio, deixo, talvez a despropósito, esta sugestão:
Clifford Stoll
Peço desculpa se já conhece(m).
Com agradecimentos a Chichas, que encontra estas coisas por aí.