Nesta altura do campeonato e com o aproximar das eleições, começa o namoro eleitoral. O Primeiro-ministro, numa de Robin dos Bosques, promete aliviar a carga fiscal da classe média, suportando esta medida no abaixamento das deduções fiscais dos mais favorecidos, por assim dizer. Duas notas. Em primeiro lugar, a classe média está em vias de extinção, por isso não se percebe muito bem, quem venha a beneficiar. A enorme e prolongada asfixia fiscal da classe média, suportando com os seus impostos o despesismo do estado, fê-la entrar em colapso. Em segundo lugar, depois da classe média, mais uma vez, com os seus impostos, financiar os desvarios e delinquência da gestão bancária acenar-lhe com um abaixamento fiscal, cheira a desculpa de mau pagador, ou seja, retórica política eleitoral.
Mas afinal, que alívio fiscal é esse? A verdadeira medida é por aqueles que têm rendimentos mais altos a pagarem mais, e a dita classe média a pagar o mesmo que paga hoje. A diferença da carga de impostos entre a classe média e a (chamemos-lhe assim) classe alta vai aumentar, não porque os primeiros passem a pagar menos, mas porque os segundos vão passar a pagar mais.
ResponderEliminarÉ só descaramento. Puro e duro.
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