Era uma vez um homem que, como quase todas as pessoas, quando se aproximava o fim do ano estabelecia planos para tentar mudar na sua vida os aspectos que menos o satisfaziam. É claro que estas mudanças seriam tentadas a partir do dia primeiro do ano que se aproximava. Nos seus planos de mudança, tanto cabiam as decisões de maior envergadura e dificuldade, procurar mudar de emprego por exemplo, andava desmotivado, achava-se subaproveitado e mal pago, como também cabiam aspectos de outra natureza como não responder (quase) sempre friamente à mulher, falar mais com os miúdos, cuidar melhor de si, ser mais simpático com os colegas, etc.
O problema é que durante os anos, todos os anos, as promessas mantinham-se, eram basicamente as mesmas e as mudanças ficavam por cumprir, todas.
O mal-estar do homem avolumava-se num ciclo crescente, mais promessas, ausência de mudanças, mais frustração e a situação tornou-se insustentável. Um dia, perto do fim do ano, tomou a grande decisão, acabaram-se as promessas, deixou de dar corda ao relógio, o tempo parou, o ano novo não chegou e o homem adormeceu.
Nunca mais acordou.
O problema é que durante os anos, todos os anos, as promessas mantinham-se, eram basicamente as mesmas e as mudanças ficavam por cumprir, todas.
O mal-estar do homem avolumava-se num ciclo crescente, mais promessas, ausência de mudanças, mais frustração e a situação tornou-se insustentável. Um dia, perto do fim do ano, tomou a grande decisão, acabaram-se as promessas, deixou de dar corda ao relógio, o tempo parou, o ano novo não chegou e o homem adormeceu.
Nunca mais acordou.
Pergunto-me, constantemente, o porquê de deixarmos tudo para "amanhã", para "um dia destes", para "quando tiver tempo"... Passamos uma vida inteira a adiar aquilo que que gostaríamos de ter, de fazer, de dizer. Muitas vezes esperamos em busca do "momento certo/ideal". Esquecemo-nos, constantemente, que não existe o momento certo, o momento ideal para mudarmos, para fazer acontecer aquilo que tanto desejamos. Existe sim, o aqui e o agora. Como se costuma dizer, o presente é um presente que deve ser aproveitado, vivido, desfrutado! Porque quando não vivemos o presente, quando o adiamos ... Podemos, não só, adiar uma 'mão cheiinha de coisas boas' como perdê-las para sempre!
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