Há uns meses atrás, quando o barril do crude andava em cima dos 140 dólares, com o preço dos combustíveis para o consumidor a disparar, qualquer pequena oscilação em baixa do preço do barril era motivo para o cidadão reclamar que também caísse o preço que pagava na bomba. O Presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, veio então explicar que, para espanto de toda a gente, “a relação entre o preço do petróleo e o preço dos combustíveis, não é directa nem óbvia”, citação que na altura aqui comentei.
Actualmente, com o preço do barril em queda há algum tempo e depois de um abaixamento significativo no preço que pagamos, eis que, surpreendentemente, foram introduzidos aumentos que o próprio presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (Anarec) considerou "absolutamente ridículos" e “escandalosos”. O senhor Ministro Manuel Pinho, instado a comentar tal situação, no mínimo estranha, pediu duas listas telefónicas para se colocar em cima e ficar mais alto, pigarreou para tornar a voz mais grossa, compôs um ar que aprendeu do chefe, o de animal feroz, e avisou as petrolíferas para terem cuidado e que a concorrência tem que funcionar, como aliás comprovou a Autoridade da Concorrência que, num trabalho que convenceu toda a gente, concluiu pela não cartelização dos preços.
A administração da Galp, Repsol, Cepsa e BP estão a tremer de medo com o aviso do ministro Pinho. Fontes bem informadas garantem que ouviram a um dos presidentes das petrolíferas qualquer coisa como, “vai mas é para o All Gharve nadar com o Phelps”.
"E o mundo ..., sou eu que o contemplo, é ele que me contempla, ou trocamo-nos? ..." Herberto Helder
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