AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A VERDADEIRA CRISE, A DA CONFIANÇA

Do meu ponto de vista, tão importantes como os indicadores de natureza mais económica e financeira, são os indicadores de confiança. Ficámos a saber que em Portugal os níveis dos indicadores de clima económico, dos empresários, e o nível de confiança dos consumidores atingiram os valores mínimos desde que existem este tipo de registos, situação que, aliás, se estende a outros países.
Creio que a confiança no futuro é, basicamente, a energia propulsora da vida das pessoas, ou seja, a convicção de que o amanhã será um pouco melhor que o hoje, marca a diferença entre a acomodação que estagna e a capacidade de empreendimento que transforma.
É neste contexto que se torna ainda mais importante a intervenção das elites e dos dirigentes. Mais do que discussões estéreis e de baixa política ao sabor dos calendários eleitorais e dos umbigos pessoais, é fundamental que se façam discursos realistas e não fantasiosos sobre a realidade, é importante a definição de rumos e projectos claros e mobilizadores do cidadão comum e que as iniciativas e medidas políticas sejam, de facto, criteriosas nos objectivos e recursos, e que, para além de sectores de actividade económica ou de instituições, sejam direccionadas para as franjas da população, de facto mais expostas e mais fragilizadas.
Em qualquer circunstância, creio que a retoma da confiança é um passo imprescindível à retoma do futuro.

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