Não, hoje decidi não falar do Modelo, dos sindicatos ou do ME. Não é que o tempo esteja muito convidativo mas vou falar de desporto, embora já um pouco atrasado nos factos que abordo.
Não conheço os meandros do Comité Olímpico Português, da preparação dos atletas portugueses e dos apoios que têm, ou não. Apenas acompanho, como interessado nestas áreas, o que vai acontecendo. Lembro-me de, antes de Pequim, ouvir o Presidente do COP estabelecer objectivos, transformados em pontos e medalhas e, já em Pequim, de ouvir o Comandante Vicente Moura ter “decidido” abandonar a posição porque os objectivos estavam longe de atingidos e de ter tecido críticas severas aos atletas. Mas como Nelson Évora e Vanessa Fernandes salvaram a honra do convento, o Comandante numa de cata-vento típica do dirigismo português, recua na sua decisão, apoia-se em figuras como Boa de Jesus, homem já envolvido em desperdício de dinheiros públicos e cá está ele de novo a fazer o sacrifício de continuar. Os atletas, parece que é um pormenor, mas são o essencial, parecem assumir uma posição de contestação face à actuação do Comandante e aos apoios que, da parte dele, não terão sentido. Esta posição parece, foi dito, envolver a maioria dos atletas. Este discurso, que eu desse por isso, foi pouco noticiado pela imprensa que se apressou a ouvir o Comandante, que entre outras considerações, afirma que os 2500 € mais tudo o resto que recebe são uma indemnização pelos incómodos e prejuízos e que, só o seu enorme espírito de sacrifício o empurra para mais um mandato. Pequenino, pequenino, mas não estranhamos, é a massa de que é feita uma boa parte dos dirigentes do mundo desportivo português.
Por falar em pequenino, a imprensa e o mundo futebolístico deliraram com o prémio da France Football ao Cristiano Ronaldo, mais conhecido pelo CR 7. Sou um adepto forte do futebol e tenho de reconhecer que o miúdo é tão bom com os pés como mau de cabeça. Comparar o CR 7, as suas declarações, estilo de vida e ostentação com o discurso da generalidade dos atletas olímpicos, e comparar a importância jornalística e social que lhes é dada é um bom exercício para se explicar o que é inversão de valores. O que mais me incomodou é que o CR 7, ao comentar o prémio disse qualquer coisa como, “Isto não vai alterar nada, vou continuar a ser como sempre fui”. Senhor Eusébio explique ao miúdo o que é humildade e respeito. É novo, talvez aprenda, embora eu tenha dúvidas.
Não conheço os meandros do Comité Olímpico Português, da preparação dos atletas portugueses e dos apoios que têm, ou não. Apenas acompanho, como interessado nestas áreas, o que vai acontecendo. Lembro-me de, antes de Pequim, ouvir o Presidente do COP estabelecer objectivos, transformados em pontos e medalhas e, já em Pequim, de ouvir o Comandante Vicente Moura ter “decidido” abandonar a posição porque os objectivos estavam longe de atingidos e de ter tecido críticas severas aos atletas. Mas como Nelson Évora e Vanessa Fernandes salvaram a honra do convento, o Comandante numa de cata-vento típica do dirigismo português, recua na sua decisão, apoia-se em figuras como Boa de Jesus, homem já envolvido em desperdício de dinheiros públicos e cá está ele de novo a fazer o sacrifício de continuar. Os atletas, parece que é um pormenor, mas são o essencial, parecem assumir uma posição de contestação face à actuação do Comandante e aos apoios que, da parte dele, não terão sentido. Esta posição parece, foi dito, envolver a maioria dos atletas. Este discurso, que eu desse por isso, foi pouco noticiado pela imprensa que se apressou a ouvir o Comandante, que entre outras considerações, afirma que os 2500 € mais tudo o resto que recebe são uma indemnização pelos incómodos e prejuízos e que, só o seu enorme espírito de sacrifício o empurra para mais um mandato. Pequenino, pequenino, mas não estranhamos, é a massa de que é feita uma boa parte dos dirigentes do mundo desportivo português.
Por falar em pequenino, a imprensa e o mundo futebolístico deliraram com o prémio da France Football ao Cristiano Ronaldo, mais conhecido pelo CR 7. Sou um adepto forte do futebol e tenho de reconhecer que o miúdo é tão bom com os pés como mau de cabeça. Comparar o CR 7, as suas declarações, estilo de vida e ostentação com o discurso da generalidade dos atletas olímpicos, e comparar a importância jornalística e social que lhes é dada é um bom exercício para se explicar o que é inversão de valores. O que mais me incomodou é que o CR 7, ao comentar o prémio disse qualquer coisa como, “Isto não vai alterar nada, vou continuar a ser como sempre fui”. Senhor Eusébio explique ao miúdo o que é humildade e respeito. É novo, talvez aprenda, embora eu tenha dúvidas.
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