AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

LÁ VAMOS, CANTANDO E RINDO

Em tempos de depressão, só faltava mesmo que até o futebol se mostrasse incapaz de “dar uma alegria” a todos os portugueses. Isto só prova como somos um país coerente. Se as coisas, de uma forma geral, não estão e, ou, não correm bem, porque milagre ou mistério, o futebol haveria de correr bem, Tudo parece estar à medida do nosso descontentamento.
Na mesma linha, não percebo o alarido que por aí vai só porque umas mocinhas estrangeiras vieram dar formação aos nossos professores sobre a utilização das novas tecnologias em contextos educativos, dito de outra maneira, explicar para que é que serve e o que se faz com o Magalhães.
Ao que parece, basta consultar a net em http://paulocarvalhotecnologias.wordpress.com/, as mocinhas colocaram os professores de uma forma infantil e ridícula, isto é, lúdica, criativa e próximo da fantasia e imaginário da criança (tá boa esta), a construir cantigas, isto é, actividades expressivas, em torno do Magalhães, isto é, explorando criativamente o lado funcional e pedagógico dos recursos e equipamentos. É a reforma meus caros, é a reforma, se não existe formação, queixam-se, se existe formação (dada por especialistas estrangeiros, notem) queixam-se também. O facto de os professores se sentirem tratados como putos e não gostarem, pelo ridículo, talvez nos possa levar a pensar que até os putos talvez gostem de ser tratados como gente, o que às vezes, não é exactamente o que acontece, porque muita coisa que se lhes pede, até para putos é ridículo. Mas não desesperem. Um dia destes, de mansinho, e com o argumento de que se esbatem desigualdades sociais, veremos o pessoal de farda, com um cinto onde está um S de Sócrates, transportando um Magalhães debaixo do braço e a cantar “lá vamos, cantando e rindo”.

2 comentários:

  1. ..."Lá vamos, que o sonho é nosso
    Torres e torres erguendo
    Rasgões, clareiras abrindo"...

    com o Magalhães, é claro! ;)

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  2. Já os vi começar por menos...Rasteira aqui,cacetada acolá...Só nos falta mesmo a farda!
    Escolham bem a cor para dar com o azul do Magalhães, hein?!E como dizia o reitor do meu liceu, em 73 quando nos esquecíamos da bata: então menina, onde está a bata? Não quero aqui desigualdades; aqui anda tudo igual!
    Os meninos podem não ter casa decente nem comida que lhes encha a barriga, mas como podem ter uma "tostadeira" azul igual à dos colegas
    (que vivem em vivendas com piscina, têm empregada e todas as modernices que o dinheiro dos pais pode oferecer) só podem agradecer tanta generosidade.
    Tudo isto me repugna!Quase com 30 anos de carreira, faltava-me esta!


    Um abraço

    A.B.

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