AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

domingo, 7 de setembro de 2008

O DISCURSO

Finalmente ouvimos a Dra. Ferreira Leite no mais aguardado discurso da política portuguesa nos últimos anos. A senhora não dizia nada em público desde Julho, embora o guru Pacheco Pereira achasse que esta ideia do silêncio da chefe, de que toda a gente falava, dentro e fora do partido, fosse uma invenção da imprensa controlada pelo governo, típica da “silly season”. E que disse a senhora que nos ajude a repensar e mudar o mundo. Pois que quando for governo faz uma política económica “diametralmente oposta” não percebendo eu em quê, uma vez que, se a senhora disse, não entendi. Esquece que o PSD tem anos e anos de governo e deve assumir a sua co-responsabilidade pelo estado, triste, a que o País chegou. Pois que o Governo montou uma “máquina” que “gere favores”, “persegue” e “simplesmente demite”. Esqueceu-se certamente de agrupar a esta política o inimputável Alberto João, ou seja, o PSD a gerir a Madeira. Pois ainda disse que existe corrupção, pois que existe insegurança, tudo obviamente por exclusiva responsabilidade do Governo e que com o PSD no poder tudo mudaria, A tese “nova” da promessa do oásis. Pois falou do peso dos grupos económicos na vida do estado, como sabeis um problema completamente novo em Portugal. De resto, as banalidades do costume sobre investimento reprodutivo, obras públicas, a propaganda, etc. num despudorado branqueamento das práticas governativas do PSD e no inócuo, demagógico e descredibilizante discurso do “contrismo”, isto é, se veio do Governo está mal, como é óbvio.
Como os políticos costumam dizer, na minha modesta opinião, o discurso foi um excelente contributo para a decisão que me baila na cabeça. Contra muitas das coisas em que acredito em termos de cidadania política, as próximas legislativas, muito provavelmente, acompanhá-las-ei de casa.

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