Era uma vez um homem chamado Contente. Estava sempre com o ar mais feliz que se possa imaginar. Nada de menos positivo parecia incomodá-lo. Não se preocupava com nada que pudesse perturbar o seu contentamento, nem sequer lia jornais ou via televisão para não estragar o estado de felicidade em que, permanentemente, vivia. A relação do Contente com as pessoas era a melhor possível, sem sombra de atrito. Na sua perspectiva, o Contente tinha a família perfeita, a casa perfeita o carro perfeito, as rotinas perfeitas, enfim, a vida perfeita. O Contente sentia-se a pessoa mais feliz do mundo, do seu mundo.
Um dia, inesperadamente, faleceu. Quando procederam aos exames necessários para determinar a causa, os médicos descobriram que, surpreendentemente, o Contente era apenas um invólucro. Por dentro, apenas o nada.
Um dia, inesperadamente, faleceu. Quando procederam aos exames necessários para determinar a causa, os médicos descobriram que, surpreendentemente, o Contente era apenas um invólucro. Por dentro, apenas o nada.
Pois é, infelizmente há muitas pessoas assim. Totalmente alheias à realidade que as cerca. Preferem manter-se afastadas, preferem não saber, para poderem continuar vivendo iludidas no seu mundozinho perfeito. Há alturas, qdo a realidade parece esmagar-nos, que eu também gostava de ser assim. Mas depois tenho medo de me tornar apenas um invólucro de... nada.
ResponderEliminarAcho que conheço contentes assim... e fujo deles a sete pés. Prefiro um triste com conteúdo a um contente vazio.
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