AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

segunda-feira, 28 de julho de 2008

UM GRANDE BEM-HAJA A VOSSA EXCELÊNCIA

Senhor Primeiro-ministro, Engenheiro José Sócrates,

Perdoar-me-á o atrevimento, mas imperativos de justiça obrigam-me a dirigir-lhe esta nota. Não o merecemos, como, aliás, não merecemos outros vultos de excelência que nos têm governado, como é o caso, fez bem recordá-lo, da Dra. Leonor Beleza. Em nome de um povo que não consegue entender, na hora, o alcance das suas políticas e a genialidade da sua acção, queira aceitar as minhas desculpas. Não me orgulho nada de o dizer, mas somos, como sabe, um povo com baixa qualificação académica. Esta fraca preparação não nos deixa entender o nível superior em que se move o seu espírito e justeza das suas decisões. Estamos ansiosamente à espera que os resultados da política educativa de que é, afinal, o último responsável, nos tirem desta apagada e vil tristeza intelectual. Talvez fruto dessa obra-prima de qualificação acelerada, o emblemático Novas Oportunidades, tenhamos, já com um nível de qualificação estatisticamente adequado e sem ironia, novas oportunidades para entender aquilo que agora nos parece difícil. O Senhor tem sido de uma paciência inesgotável, embora, às vezes, se note alguma exasperação, compreensível, com as constantes, injustas e ignorantes críticas. O Senhor até me faz lembrar, desculpe-me a comparação, o meu saudoso pai que me dizia tanta vez, “é para teu bem” e o que eu refilava. Não entendia como aquelas cargas de marmeleiro, que tanto me doíam, me iriam fazer bem. Pois é, fizeram, cá estou, cidadão responsável, honesto e pagador de impostos.
Por tudo isto, com um renovado pedido de desculpas, um grande bem-haja a Vossa Excelência.

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