Deverão estar lembrados do episódio ocorrido na SIC, quando Santana Lopes estava a ser entrevistado por Ana Lourenço. A entrevista foi interrompida por um directo da chegada de José Mourinho a Lisboa. O menino guerreiro, na única decisão em que concordei com ele, deu por finda a entrevista e saiu.
Há poucas semanas, num Telejornal da RTP1, uma peça sobre a tragédia do elevado número de órfãos provocado pelo terramoto na China, foi interrompida para, em directo, se assistir à chegada ao aeroporto de um miúdo que é bom de bola mas, parece, mauzinho de cabeça, chamado Cristiano Ronaldo.
Ontem à noite, no meu Alentejo, procurava alguma informação sobre a situação IRRELEVANTE, FREQUENTE, TRANQUILA, DISCRETA E SEM QUALQUER TIPO DE IMPLICAÇÕES PARA A VIDA DAS PESSOAS, decorrente da paragem dos transportes rodoviários de mercadorias. Esperei pelo início do Jornal 2 da RTP2. A primeira peça foi sobre o Sr. Scolari, um rapaz que ganha um balúrdio, zanga-se com os jornalistas, bate em jogadores, fia-se na Nossa Senhora e junta um grupo de amigos para formarem a selecção portuguesa. O senhor vai, disseram, para o Chelsea com um simpático vencimento de 8 milhões de euros, (parece que o banco vai deixar de ser Caixa). Pensei que fosse engano no alinhamento, mas, poucos minutos depois, a jornalista anunciou o regresso à notícia de abertura, Scolari no Chelsea. Era mesmo decisão editorial da RTP2. Pelo meio lá fui sabendo alguma coisa sobre aquele problemazito da crise com os camionistas.
Será que isto tem que ser assim? Não podemos fazer nada para obrigar esta gente a perceber a verdadeira dimensão das questões? Serviço público? Uma treta. Mais uma do Portugal dos pequeninos.
Há poucas semanas, num Telejornal da RTP1, uma peça sobre a tragédia do elevado número de órfãos provocado pelo terramoto na China, foi interrompida para, em directo, se assistir à chegada ao aeroporto de um miúdo que é bom de bola mas, parece, mauzinho de cabeça, chamado Cristiano Ronaldo.
Ontem à noite, no meu Alentejo, procurava alguma informação sobre a situação IRRELEVANTE, FREQUENTE, TRANQUILA, DISCRETA E SEM QUALQUER TIPO DE IMPLICAÇÕES PARA A VIDA DAS PESSOAS, decorrente da paragem dos transportes rodoviários de mercadorias. Esperei pelo início do Jornal 2 da RTP2. A primeira peça foi sobre o Sr. Scolari, um rapaz que ganha um balúrdio, zanga-se com os jornalistas, bate em jogadores, fia-se na Nossa Senhora e junta um grupo de amigos para formarem a selecção portuguesa. O senhor vai, disseram, para o Chelsea com um simpático vencimento de 8 milhões de euros, (parece que o banco vai deixar de ser Caixa). Pensei que fosse engano no alinhamento, mas, poucos minutos depois, a jornalista anunciou o regresso à notícia de abertura, Scolari no Chelsea. Era mesmo decisão editorial da RTP2. Pelo meio lá fui sabendo alguma coisa sobre aquele problemazito da crise com os camionistas.
Será que isto tem que ser assim? Não podemos fazer nada para obrigar esta gente a perceber a verdadeira dimensão das questões? Serviço público? Uma treta. Mais uma do Portugal dos pequeninos.
Leio este post com uns dias de atraso mas lembro-me de pensar exactamente no mesmo: a única birra que Santana Lopes fez com sentido quando se recurou a continuar aquela entrevista e na estupidez de interromperem uma noticia importante novamente com a selecção. Dizia-me uma amiga no outro dia: "tu já viste que portugal ganhou outra vez? Que chatice..." E ela tinha razão. O país lá vive anestesiado com o futebol e o resto é completamente secundário... E indigna-me a transferência de Scolari pela importância que lhe dão. Até os jogadores parecem ser tratados como orfãos (milionários) porque o treinador vai para Inlaterra e não se devia ter falado disso tão cedo. Às vezes parece que está tudo doido.
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