Temos então aberto um novo espaço de discussão na política portuguesa. Afinal, quem é, ou quem são, os donos da esquerda?
De facto, à direita, o CDS-PP está quase a entrar para o táxi conduzido pelo Dr. Portas, o Paulo, e o PPD-PSD vai ficar em banho-maria até ao Congresso no qual, pela enésima vez, o menino guerreiro, Santana Lopes, apresentará o seu projecto (?) para salvar Portugal, que, ao que parece, não quer ser salvo por ele.
À esquerda, os partidos parecem interiormente arrumados. O PS não (se) discute, diz que sim ao chefe, é claro que não se pode comprometer a posição no poder, embora o poeta Alegre dê um ar da sua graça, legitimando o discurso sobre democracia interna. O PC e o BE, por razões diferentes, não evidenciam nenhuma especial animação interior. Como se verifica um crescente clima de contestação e turbulência fora dos partidos, emerge então um problema, quem é que cavalga essa onda, ou de outra maneira, a esquerda é de quem?
O PS diz que a esquerda é dele e, por isso, nem percebe como é que os outros partidos se atrevem a atacá-lo, sendo de esquerda, melhor, sendo A esquerda. O Poeta diz que a esquerda é dele, pois o PS está a fazer políticas de direita e ameaça com os votos das presidenciais de que é dono, acha. O PCP diz exactamente a mesma coisa, isto é, executando o PS políticas de direita, fica obviamente, o PC como esquerda, donde, dizem, nunca saíram. O Bloco, com um discurso, mais sofisticado, com menos lastro social e histórico, diz que, sendo de direita as políticas do PS, e sendo o PC a esquerda antiga, resta a esquerda moderna, actual, a do Bloco, como verdadeira esquerda.
É certo que se aproximam as férias, mas estou curioso de ver quem sai vencedor desta OPA sobre a esquerda.
De facto, à direita, o CDS-PP está quase a entrar para o táxi conduzido pelo Dr. Portas, o Paulo, e o PPD-PSD vai ficar em banho-maria até ao Congresso no qual, pela enésima vez, o menino guerreiro, Santana Lopes, apresentará o seu projecto (?) para salvar Portugal, que, ao que parece, não quer ser salvo por ele.
À esquerda, os partidos parecem interiormente arrumados. O PS não (se) discute, diz que sim ao chefe, é claro que não se pode comprometer a posição no poder, embora o poeta Alegre dê um ar da sua graça, legitimando o discurso sobre democracia interna. O PC e o BE, por razões diferentes, não evidenciam nenhuma especial animação interior. Como se verifica um crescente clima de contestação e turbulência fora dos partidos, emerge então um problema, quem é que cavalga essa onda, ou de outra maneira, a esquerda é de quem?
O PS diz que a esquerda é dele e, por isso, nem percebe como é que os outros partidos se atrevem a atacá-lo, sendo de esquerda, melhor, sendo A esquerda. O Poeta diz que a esquerda é dele, pois o PS está a fazer políticas de direita e ameaça com os votos das presidenciais de que é dono, acha. O PCP diz exactamente a mesma coisa, isto é, executando o PS políticas de direita, fica obviamente, o PC como esquerda, donde, dizem, nunca saíram. O Bloco, com um discurso, mais sofisticado, com menos lastro social e histórico, diz que, sendo de direita as políticas do PS, e sendo o PC a esquerda antiga, resta a esquerda moderna, actual, a do Bloco, como verdadeira esquerda.
É certo que se aproximam as férias, mas estou curioso de ver quem sai vencedor desta OPA sobre a esquerda.
Penso que os donos da esquerda são todos aqueles que governam com o objectivo único de alcançarem a justiça social em todas as áreas da comunidade, sem tibiezas, desvios ou recuos, nem receio dos poderosos, sejam eles quais forem.
ResponderEliminarOu aqueles que mesmo não governando se batem pelo mesmo objectivo, seja poeta, operário, militar, agricultor, pescador ou de outra qualquer profissão.
Existe algum ESPÉCIME destes sentado na assembleia da República?
QUEM?!!!
Saudações
Politiquices... No poder, nenhum consegue ser verdadeiramente de esquerda...
ResponderEliminarComo uma vez disse, é uma questão de ideologia, uma questão de pensamento. Ou se é, ou não se é, acredita-se...
Basta olhar para a escola, ou se acredita numa educação para os valores, inclusiva e justa nas oportunidades, ou se investe na competitividade e falsas oportunidades... Uma e outra estão em extremos opostos...