O Correio da Manhã informa que 115 dos 230 deputados exercem outras funções cumulativamente. Estas funções são desempenhadas em empresas, escritórios de advocacia, câmaras, universidades, etc. Está certo. Para gente empreendedora e activa, o trabalho realizado por grande parte dos deputados deve deixar imenso tempo que alguns tratam de aproveitar enriquecendo o seu curriculum, e não só.
Por outro lado, o Público cita o facto do estado ter pago 485.5 milhões de euros pelo sistema de comunicações para o Ministério da Administração Interna. A questão é o que o negócio, adjudicado à Sociedade Lusa de Negócios, poderia ter custado um quinto daquela verba se a opção fosse por outro modelo técnico e financeiro. Na altura, foi levantado um inquérito que acabou, obviamente, arquivado. Foi também elaborado um relatório por parte de um grupo de trabalho que, por coincidência, entrou também numa zona de penumbra da qual saiu agora pela voz de Almiro de Oliveira o presidente desse grupo.
Estas notícias, que creio profundamente associadas, mostram o que está por fazer em termos de transparência e qualidade ética da nossa democracia. É por isso que cansam os discursos assentes em falsa moralidade e hipocrisia sobre o “bem comum” e o “interesse dos portugueses”. De alguns, claro.
Por outro lado, o Público cita o facto do estado ter pago 485.5 milhões de euros pelo sistema de comunicações para o Ministério da Administração Interna. A questão é o que o negócio, adjudicado à Sociedade Lusa de Negócios, poderia ter custado um quinto daquela verba se a opção fosse por outro modelo técnico e financeiro. Na altura, foi levantado um inquérito que acabou, obviamente, arquivado. Foi também elaborado um relatório por parte de um grupo de trabalho que, por coincidência, entrou também numa zona de penumbra da qual saiu agora pela voz de Almiro de Oliveira o presidente desse grupo.
Estas notícias, que creio profundamente associadas, mostram o que está por fazer em termos de transparência e qualidade ética da nossa democracia. É por isso que cansam os discursos assentes em falsa moralidade e hipocrisia sobre o “bem comum” e o “interesse dos portugueses”. De alguns, claro.
Meu caro,
ResponderEliminarNão sei se ouviu o "iluminado" deputado do PS que disse que a étic não se regulamente, na sequência da proposta do PCP em que os deputados não possam exercer funções com possibilidade de conflitos de interesses.
Escrevi sobre isso... que azia!
Deputados com 1,2,3 (até parece o tal concurso) tachos fora da assembleia é um dado adquirido e não vale a pena eu chover no molhado.
ResponderEliminarInquéritos, processos e investigações arquivadas é o pão nosso de cada dia.
O que me chamou a atenção e mexeu com a minha memória foi as frases muito usadas (levianamente) pelos políticos e que consta no seu último parágrafo.Ou seja:"O BEM COMUM" e "O SUPERIOR INTERESSE DOS PORTUGUESES"
Eu sei a que portugueses eles se referem! Existe algum português que não saiba?!...
Como disse, a minha memória viajou algumas décadas, até altura em que as frases mais ouvidas eram:
"DEFESA DO IMPÉRIO" - RESTAURAÇÃO DO ORGULHO NACIONAL" - "CARIDADE CRISTÃ" - "HONRA PATRIÓTICA".
Mudou-se os tempos, mudou-se os políticos e regimes, mudou-se as frases, mas o povo continua a viajar nas carruagens do gado.
Saudações