Antes conversávamos. Antes também jogávamos, às vezes. Então ela apareceu. Primeiro de fugida, depois, um bocadinho todos os dias. Era linda, com mundos lá dentro. Mundos bonitos e mundos feios. Mundos a preto e branco. Fomos ficando de olhos presos. Até que ela ficou com a gente o dia todo, todos os dias. E com mais mundos ainda. Mundos a cores. E com mundos ainda mais bonitos e mundos ainda mais feios. Prendeu a gente.
Agora já não conversamos, nem jogamos. Estamos sós. Com ela.
Agora já não conversamos, nem jogamos. Estamos sós. Com ela.
A televisão é isso mesmo. Traz-nos o mundo lá de fora, mundos que nos são desconhecidos, mas ao mm tempo faz-nos abstrair do nosso mundo. Ela aproxima-nos dos outros lá longe, mas afasta-nos dos que nos estão próximos. É viciante. Esquecemo-nos de comunicar com os nossos, por causa deste meio de comunicação que nos prende e nos seduz e nos faz viver as vidas e os dramas dos outros... E enquanto isso acontece, vamos esquecendo os nossos próprios dramas.
ResponderEliminarOu será que não é sobre a televisão que estamos falando? :)