O Público de hoje refere um estudo do Banco de Portugal, divulgado pelo Jornal de Negócio, que evidencia a baixa eficácia e impacto dos programas de apoio a desempregados em que são injectados milhões de euros. Infelizmente, este tipo de conclusão é frequente quando se analisa, o que nem sempre acontece, a relação entre os montantes envolvidos em múltiplos programas de apoio e os resultados atingidos. Esta situação é transversal a várias áreas como educação, segurança social e saúde. O que mostra ser possível falar em desperdício de recursos, particularmente grave num país onde não abundam e em que o fluxo da União Europeia se aproxima do fim. Mais grave é que, aparentemente, estas recorrentes situações não têm responsáveis. Os gestores, coordenadores, consultores, directores ou o que lhe queiram chamar, de milhares de “Programas” e “Projectos” passam incólumes pela ineficácia do seu trabalho. Não é possível que isto assim funcione. Por isso costumo dizer que, mais do que um problema com a mão-de-obra, temos um sério problema de “cabeça-de-obra”.
PS – Estou com curiosidade de saber o verdadeiro impacto do Programa Novas Oportunidades, para além de uma estatística enganadora sobre a “qualificação” com o 9º ano e com o 12º, obtida por “equivalência” não se sabe muito bem a que saberes e competências.
PS – Estou com curiosidade de saber o verdadeiro impacto do Programa Novas Oportunidades, para além de uma estatística enganadora sobre a “qualificação” com o 9º ano e com o 12º, obtida por “equivalência” não se sabe muito bem a que saberes e competências.
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ResponderEliminarEu também estou com muita curiosidade sobre o impacto do "Novas Oportunidades". Mas, acima de tudo, muita preocupação. Sou professora de duas turmas de um curso profissional que abriram sucessivamente em 2 anos consecutivos. Agora pretende-se que o mesmo curso abra pela 3ª vez. Para rentabilizar os recursos disponíveis,dizem. E, em parte,considero que o argumento colhe. Mas a escola está sediada num concelho pequeno, rural, que até há poucos anos foi considerado TEIP, sigla para Território Educativo de Intervenção Prioritária. É sabido que um curso profissional só está completo com um estágio de 420 h, feito maioritariamente no 3º ano. Acredito que se consiga arranjar com alguma facilidade instituições para os 13 alunos da primeira turma estagiarem; mas depois teremos a segunda turma de 19 alunos. E pensa-se na possibilidade de criar uma terceira turma no próximo ano lectivo, se houver o número mínimo de alunos, evidentemente. O que será feito de todos estes animadores socioculturais? Onde poderemos encontrar mercado de trabalho para um número tão grande? Novas Oportunidades? De quê? Para quem? Como?...
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