Era uma vez um Jovem. Não era um jovem como os outros. Tinha, diziam, uma deficiência mental. O Jovem em todo o tempo que andou na escola nunca aprendeu a ler, ou nunca lhe ensinaram, ou ainda, nunca terá perdido o medo de aprender. Talvez seja melhor aceitar que tem uma deficiência pois, como toda a gente sabe, os deficientes não aprendem a ler. O Jovem gostava muito de fazer bonecos com material que encontrava como cartão e embalagens de plástico. E fazia coisas bem giras, eu vi algumas, mas o que ele adorava mesmo era estar com os miúdos de um ATL a ensinar-lhes a fazer os seus bonecos. Aí era um Professor. Um dia o Jovem ia a passear com uma Professora e quando passavam ao pé de uma biblioteca o Jovem disse que às vezes ia lá mas não sabia ler. “Vês as ilustrações dos livros”, comentou a Professora.
“Professora, eu não sei ler mas sei imaginar”, disse o Jovem que fazia bonecos espantosos, ensinava os pequenos e não sabia ler.
“Professora, eu não sei ler mas sei imaginar”, disse o Jovem que fazia bonecos espantosos, ensinava os pequenos e não sabia ler.
Este texto faz-me lembrar um pequeno conto que li há alguns anos e que falava de um jovem que também não sabia ler. Não conseguia aprender a ler. Os pais sentiam-se desesperados. Ofereciam-lhe livros e mais livros, qual deles o mais interessante. Uns com ilustrações, outros sem. E nada! Até que, finalmente, se descobriu algo tão linear como isto: o miudo não conseguia aprender a ler, porque não conseguia distinguir as letras, tinha um problema grave de visão que lhe misturava as letras todas. É claro que isto era apenas um conto. Mas podia ser verdade...
ResponderEliminar(Esta história não tem nada a ver com a do texto, obviamente. Essa está mais relacionada com uma outra sobre uma escola para os animais, cada um com suas capacidades. Mas ficará para outra oportunidade...)